O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), veementemente nega estar ‘privatizando’ ou ‘terceirizando’ os serviços do Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). O que de fato está acontecendo, de acordo com Galindo, é uma consultoria, que será prestada pela empresa IGSR Assessoria e Consultoria Empresarial, a um custo que pode chegar a um montante de R$ 2,280 milhões em um ano.

O contrato selado entre a prefeitura e a empresa estipula que o pagamento mensal do Executivo à IGSR poderá chegar à R$ 190 mil. O contrato foi feito com validade de um ano, caso a prefeitura pague mensalmente o valor máximo, as consultorias prestadas pela empresa custarão R$ 2,280 milhões.

O déficit mensal do Pronto-Socorro é de R$ 3 milhões por mês. A assessoria foi contratada pela prefeitura para fazer com que os serviços no hospital sejam otimizados e para que o HPSMC pare de dar prejuízo. O prefeito garante que o pagamento à IGSR será feito proporcionalmente à redução de gastos.

De acordo com o secretário de Saúde, Lamartine Godoy (PTB), o Pronto-Socorro continua em sua totalidade no poder da Prefeitura de Cuiabá. A administração e a gestão do hospital ainda são de responsabilidade de Galindo. A IGSR apenas prestará uma consultoria.

“Não tenho dúvidas de que essas acusações têm motivação política”, defendeu-se o prefeito, em uma clara referência às críticas feitas pelo vereador Toninho de Souza (PSD). Foi parlamentar quem afirmou que além de privatizar o Pronto-Socorro, Galindo está privatizando também os cemitérios da capital.

“Quanto aos cemitérios, eu também não privatizei. Essa é uma licitação de mais de 30 anos que nós só demos sequência. Agora o que eu fiz foi cobrar mais das empresas, coisa que nenhum prefeito havia feito”, finalizou.