A minuta da licitação da reforma da Câmara Municipal de Cuiabá foi baseada na da obra do Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, de acordo com o então servidor da prefeitura na época da obra, Validus Augusto, que auxiliou os profissionais da Câmara no processo licitatório em 2009 de maneira voluntária.
Essa é a explicação dada por Validus, que fez a relatoria da ata, para justificar o fato de constar do processo licitatório duas atas com endereços diferentes, uma registrada na Câmara Municipal de Cuiabá e outra na prefeitura.
“Foi um erro meramente formal”, disse, ao justificar que, provavelmente, não alterou o campo do endereço, originalmente registrado na sede do Executivo.
Validus afirmou durante oitiva à “CPI do Deucimar” que foi a ex-coordenadora de licitação, contratos e compra da Câmara Municipal de Cuiabá, Sinara Marcondes Moura de Oliveira, quem passou os valores superfaturados da obra para a realização do edital. Sinara não compareceu à sabatina da CPI na tarde desta quinta-feira (29) sob a alegação de estar passando por uma gravidez de risco.
Responsável pela base da licitação, Validus afirmou que não recebeu nada pelo trabalho.
“Fiz no final de semana, em casa, não recebi nada, fiz em colaboração com a Câmara”, defendeu-se. Apesar de ter feito a minuta da licitação, Validus disse não ter visto o processo. “Não poderia, pois sou um corpo estranho no processo”, explicou.
Mesmo que tivesse visto o processo, Validus afirmou que, como administrador, não teria capacidade para identificar um sobrepreço ou superestimativa nos valores. “Quem sou eu para questionar o relatório de um engenheiro?”, questionou.
Mais informações em instantes. Atuailizada às 17h57.