O plenário da Câmara de Cuiabá votou, na sessão ordinária da manhã desta quinta-feira (26/04), pelo arquivamento da CPI que apura suposto superfaturamento na reforma do Palácio Paschoal Moreira Cabral, ocorrida em 2010-11, na gestão de vereador Deucimar Silva (PP). O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara, relatado pelo vereador Clovito Hugueney (PTB), foi pelo arquivamento por perda de prazo.

“Ficou claro que houve, sim, uma ‘barrigada jurídica’ da CPI. Eu durmo abraçado com o Regimento Interno da Câmara de Cuiabá e, por isso, o relatório não poderia ser outro, senão, pelo arquivamento”, explicou Clovito, ao destacar que a CPI gastou 93 dias, embora tenha sido criada com prazo de 60 dias, prorrogados por mais 30 – totalizando 90.

Mesmo sem votar, o presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), classificou como “pertinente e equilibrado” o relatório de Clovito para a CCJ, aprovado em plenário.

“Eu fui vítima de perseguição política das mais rasteiras já vistas. Fui o primeiro a assinar a CPI e, depois, a sua prorrogação. E, ainda, o primeiro a solicitar investigação do Ministério Público do Estado e da Delegacia Fazendária”, aponta o líder do PP na Câmara, vereador Deucimar Silva, que presidiu o Legislativo Capital, na época da reforma.

Deucimar agradeceu aos colegas que votaram favoráveis e, demonstrando emoção, lembrou do sofrimento de seus familiares. Ele disse respeitar até mesmo a postura dos sete contrários e, ainda, a abstenção vereador Toninho de Souza (PSD), além de duas ausências – Everton Pop (PSD), líder do Executivo, e Lueci Ramos (PSDB), primeira secretária.

Sobre uma possível saída do Palácio Paschoal Moreira Cabral, já que tem vaga assegurada, por 241 dias, na Assembléia Legislativa, Deucimar disse que vai “pensar com calma”, no assunto, para decidir “de cabeça fria”.