O secretário de Comunicação do governo do Estado, Carlos Rayel, classificou como “fantasiosa”
reportagem da revista Época apontando relações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o governador Silval Barbosa (PMDB) por meio de contratos da Construtora Rio Tocantins (CRT), empreiteira utilizada pelo contraventor para seus negócios assim como a Delta Construções.
Para Rayel, “nada disso existe ou aconteceu”, segundo explicou à reportagem na manhã deste sábado. Ele negou a existência dos contratos apontados – como para prestação de serviço na implementação da Loteria estadual (Lemat) e na locação de veículos.
De acordo com o secretário, nenhum carro chegou a ser locado pelo governo da CRT. Isso porque ocorreu apenas uma tomada de preço - da qual cerca de 20 empresas participaram e a CRT venceu – mas o contrato não teve sequência posteriormente. “Eles [os repórteres de Época] pegaram documentos só da tomada de preço”, alegou.
Sobre a informação contida na matéria da revista segundo a qual a CRT, em nome de Cachoeira, também teria assinado contratos para prestação de serviço à Lemat, o secretário também foi categórico ao negar qualquer compromisso firmado uma vez que o próprio governador determinou a suspensão do processo de implementação da Lemat assim que estourou o escândalo em torno do nome de Cachoeira no Brasil. Sequer foram realizadas audiências públicas a respeito, agenda indispensável para a implementação da loteria.
A revista também aponta que, em 2010, o Estado contratou a CRT sem licitação para que executasse serviços numa rodovia não pavimentada da região Norte do Estado. Rayel explica que trata-se da região de São José do Xingu.
No começo daquele ano, pontua Rayel, eram necessárias intervenções emergenciais na rodovia devido à época de chuva. A CRT foi contratada para o serviço, admite, mas não sem licitação. O processo burocrático, argumenta Rayel, ocorreu sim, mas de maneira mais acelerada devido ao caráter emergencial da demanda, de modo que o contrato não pode ser utilizado como evidência de relações escusas entre as empresas usadas por Cachoeira e o governo de Mato Grosso.
“Parece que estão querendo jogar fumaça em todo mundo”, resumiu o secretário.
Mais informações em instantes / 1ª atualização às 12h02