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Sábado, 27 de abril de 2024

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Empreiteiras

Bancos viram credores de R$ 35 mi em dívidas do Estado com empresas

A dívida do governo com as empreiteiras pode ter ultrapassado a casa dos R$ 35 milhões e três bancos já concentram o domicílio da maioria das empresas com créditos a receber, alguns desde agosto do ano passado.


Imposta pela inadimplência do Estado, a preocupante situação econômica das empresas prestadoras de serviços para o governo estadual (como os de pavimentação e obras nas estradas em geral) foi revelada por uma fonte ouvida pelo Olhar Direto neste sábado, segundo a qual “a coisa chegou a um ponto que virou calamidade” e que, diferente dos R$ 10 milhões divulgados em janeiro como o montante devido pelo Estado às empresas, a cifra agora é de aproximadamente R$ 35 milhões. Há construtora com mais de R$ 9 milhões a receber.

Mais que evidenciar a realidade de um dos setores mais representativos do momento vivido pela economia local, a situação expõe uma realidade nada promissora na administração estadual.

Devido à falta de pagamento das medições realizadas desde o ano passado, as empreiteiras de pequeno a grande porte se viram obrigadas a contrair vultosos empréstimos a taxas altíssimas para conseguir tocar as obras com a qual se comprometeram – mantendo os serviços sempre com a promessa de um pagamento por parte do Estado, mesmo que “a conta-gotas”.

Agora - segundo o empreiteiro que contatou o Olhar Direto com a condição de não se identificar, devido ao temor de represálias - são os bancos que passam à condição de credores, uma vez que, diante da inadimplência do poder público, houve queda na credibilidade das empreiteiras para a contração de empréstimos nas instituições bancárias. “Se empreiteiro entrar em banco para fazer empréstimo, é capaz de sair expulso de lá”, ironizou a fonte.

O resultado foi que as empresas transferiram domicílio para as instituições bancárias como forma de garantir as obras, explica o empreiteiro. Comprometendo-se desta forma com os bancos, o repasse do governo, sempre que sair, é destinado a eles diretamente – e não para as empreiteiras. Somente então os bancos retiram a parte que lhes cabe a título de quitação das dívidas contraídas pelas empresas e repassam a elas o restante.

Os bancos BIC, BMG e Rural estão com as contas da maior parte das empreiteiras para que as obras não sejam obrigadas a paralisar, segundo o empresário.

“É assim desde o ano passado. Tem medição de agosto que não foi paga até agora. Mais da metade das empresas está com o nome no Serasa. É uma situação sem saída”, indigna-se o empresário.


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