O amargor das derrotas das últimas eleições dos Democratas e a debandada de filiados sofrida para o Partido Social Democrático (PSD) parece ainda incomodar os que permanecem afiliados. Durante encontro da agremiação no Centro de Eventos do Pantanal, o abandono do barco foi constantemente lembrado e retomado ao assunto em pauta com ares de puxão de orelha.

Pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá pela sigla, Roberto França cutucou os desertores e afirmou que “é muito fácil ficar em um partido que conta com benefícios do governo ou que está no poder”, em menção aos que abandonaram o partido para poder se aninhar em outros, especialmente o PSD, trazido em 2011 para o Estado e que permaneceu na base aliada do Governo do Estado.

“Muitos falavam que o DEM estava morto, mas o DEM está mais vivo do que nunca e nós vamos dar uma resposta ao Estado”, ressaltou.

Na base de aliança, o tucano Nilson Leitão, que também participou do encontro, fez questão de declarar o apoio à sigla mencionando a importância de que os afiliados não se curvem neste momento, mesmo após a debandada. Ironizou ainda que o esvaziamento se deu porque o DEM não está no poder, caso contrária, "estaria lotado".

França, que é ex-prefeito de Cuiabá, afirmou ainda que neste momento, no preparo para as eleições, as conversações com os demais partidos estão sendo iniciadas e que os outros pré-candidatos já entraram em contato com os democratas para um possível acordo. França defende, ainda, essas conversações como uma forma de oxigenação para a corrida eleitoral.

“A partir da próxima semana, devemos conversar com outros partidos para ver o que pretendem do DEM. Todos os candidatos querem apoio do DEM, mas não é só eles quererem o apoio; temos que ver se eles vão nos apoiar também”, destacou.




Atualizada às 16h40