Renegociação de dívida de Mato Grosso voltou a ser pauta na Assembléia Legislativa, desta vez sobre o destaque da defesa do deputado Percival Muniz (PPS), que defendeu a possibilidade de acordo com bancos que se dispuserem a assumir os valores em troca da sobra de R$ 1 bilhão para investimentos em infraestrutura no Estado.

Na semana passada, o governador Silval Barbosa (PMDB) convocou os parlamentares para discutir sobre o quesito e a proposta foi apresentada para poder ser aprovada ou não pelos parlamentares. No entanto, a defesa já está sendo feita por Muniz, que destacou ainda que Silval Barbosa está com vontade de trabalhar, mas sem verba para aplicação.

“O que o governo quer não é ruim e não tem porque embirrar com o governo para não deixar Silval fazer estrada, ficar na ladainha de somente pagar a folha, ficar nesse ‘governinho’. É bom abrir prazo para que Mato Grosso possa voltar a investir, e isso será bom para qualquer um que venha a ser governador”, destacou.

Atualmente, a dívida estadual está em R$ 1,15 bilhão com um prazo para pagamento em 15 anos, fazendo com que um pouco de toda a verba disponível seja aplicado somente para o pagamento das parcelas. A proposta agora é que um banco, ainda não definido, assuma a dívida com a União e o Estado passe a fazer o pagamento à instituição.

Assim, as parcelas desoneradas do erário seriam menores e pagas em um prazo maior, em até 30 anos. Sobra, de certa forma, dinheiro para aplicação na reestruturação do Estado, com investimentos em rodovias, além de outros setores estruturais, que tem recebido poucos investimentos ao longo dos últimos anos.

A capacidade de endividamento concedida ao Estado anteriormente foi aplicada em grande parte para as obras da Copa do Mundo, ainda segundo Percival. Uma nova negociação não pode ser realizada, pela argumentação da presidente Dilma Rousseff (PT) de que não será aberta uma exceção ao Estado, mesmo este tendo uma grande receita de arrecadação.



Atualizada às 12h14