A CPI Mista do Caso Cachoeira passou uma péssima imagem à opinião pública brasileira pela não convocação do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, durante a sessão desta quarta-feira (30), em Brasília.

A avaliação é do deputado federal Júlio Campos (DEM-MT), que criticou o acordo feito entre governo e oposição para que apenas fossem convocados os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiróz (PT).

Para Campos, as imagens em que o governador do Rio aparece com Fernando Cavendish jantando em um restaurante luxuoso, em Paris, já seriam provas suficientes de um envolvimento suspeito entre um governador com o empresário de uma empresa com quem o Estado mantém negócios.

O deputado descarta a eficiência da estratégia anunciada por parlamentares da CPI de que a convocação de Sérgio Cabral se tornará essencial somente após a abertura do sigilo fiscal, bancário e telefônico da empresa Delta em nível nacional.

"Aquilo [a aprovação dos requerimentos da CPI] foi uma vergonha. As imagens do Sérgio Cabral com panos brancos na cabeça, fazendo festa com o dono da Delta, são provas fortes de envolvimento. A CPI passou uma impressão muito negativa à população. Não precisa abrir sigilo da Delta para suspeitar do governador", comentou.

Se fosse membro da CPI, Júlio Campos defenderia a convocação dos três governadores conjuntamente.
"Ou convoca os três governadores ou nenhum", acrescentou.

O democrata acredita que a parada para o recesso parlamentar e as eleições não serão suficientes para prejudicar os trabalhos da comissão. "Acredito que os trabalhos não vão parar no recesso", finalizou.



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