O governo federal se comprometeu a dar uma resposta imediata para o problema da queda do preço do milho para os produtores de milho de Mato Grosso, que ocorre em decorrência da ofreta do produto na praça.
Uma das medidas emergenciais anunciadas pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, durante reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), parlamentares e empresários será a assinatura de contratos de opção.
As opções são contratos derivativos que permitem a transferência do risco de oscilação de preços do produtor ou comprador de uma commodity para outro agente do mercado, mediante o pagamento de um prêmio.
Mendes Ribeiro disse ainda que o governo estuda a assinatura dos PEP (Prêmio para o Escoamento da Produção) com os produtores de milho.
Segundo levantamento da Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato), a produção do grão no Estado saltou de 7 milhões de toneladas em 2011 para mais de 13 milhões de toneladas em 2012.
“Tivemos uma supersafra de milho e se o governo não fizer a aquisição de grãos, enfrentaremos problemas com armazenagem”, pontuou o governador.
De acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, a supersafrinha de milho causou prejuízos aos produtores. A saca, anteriormente avaliada em R$ 25, está sendo comercializada em algumas regiões por preços que variam entre R$ 11 na região de Sorriso, R$ 15 em Campos de Júlio e R$ 18 em Sinop.
“A produção ultrapassou a colheita de soja. Colhemos 70 milhões de toneladas, mas o Brasil consome R$ 55 milhões de toneladas. Se há super oferta, o preço cai e desestimula o produtor. É aí que o governo tem que entrar para tentar equilibrar este panorama”, afirmou.
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