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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Poderes recebem projeto REDD da Fazenda Santa Maria

Destaque na produção agropecuária do país, Mato Grosso também avança para o desenvolvimento sustentável com foco na preservação ambiental. Com a implantação do projeto de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), executado na Fazenda Florestal Santa Maria, em Colniza, Região Norte, Mato Grosso dá exemplos de que é possível produzir preservando as riquezas naturais.


O sucesso do projeto REDD foi apresentado na manhã desta quinta-feira (14), no Palácio Paiaguás, ao vice-governador Chico Daltro (PSD) e ao presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD). Com a participação de especialistas ambientais das universidades Federal e Estadual (UFMT e Unemat), o proprietário da Fazenda Santa Maria entregou o projeto aos poderes e destacou o empreendimento, que é o primeiro do gênero em propriedade privada no Brasil e prevê a manutenção integral da floresta, numa área de pouco mais de 71 mil hectares.

Riva, que em 2009 propôs no Legislativo, um programa voltado ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), disse que o momento é histórico em função de mostrar que é possível preservar a natureza e levar melhorias às comunidades, inclusive, com a capacitação da mão de obra. Também pediu a realização de um seminário no início do segundo semestre para disseminar o projeto REDD.

“Este é um momento histórico em virtude da grande janela que se abre a partir desse projeto [REDD]. A Fazenda Santa Maria deixa um grande legado ao estado”, ressaltou. Riva considera que o pioneirismo da Santa Maria estimulará novas empresas a aderir ao projeto. Lembra que Mato Grosso tem feito seu dever de casa com a inserção de legislações que determinam a preservação ambiental. Mas, que não justifica a demora, por exemplo, na liberação do manejo florestal.

“O manejo é extração da árvore madura, apta a ser serrada, pois tem vida útil e a floresta se recompõe. Mato Grosso fez legislação para isso, para gerar emprego e renda de forma sustentável. Um projeto como o REDD pode ser rentável e sustentável”, argumentou.

Rubens Forbes Alves de Lima, proprietário da Fazenda Santa Maria, destacou o trabalho em parceira que mudou a qualidade de vida da comunidade, dos funcionários e dos proprietários da fazenda. “O sucesso veio graças ao apoio dos poderes. Temos um grande plano de manejo sustentável com cerca de 25 espécies de madeira e todos os funcionários são registrados. A intenção é perpetuar o projeto, que não é para a geração que o desenvolve, mas à geração futura”.

Com a parceria, a produtora de alimentos Bunge, presente em 19 estados, se comprometeu a adquirir parte dos primeiros créditos de carbono a serem gerados pelo projeto. Também irá construir uma escola de ensino profissionalizante em Colniza. A UFMT também contribuiu ao realizar aulas práticas na fazenda. “O resultado trará grandes investimentos nas áreas educacional e ambiental”, frisou a prefeita da cidade, Nelci Capitani.

O gerente de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Bunge, Michel Henrique Santos, disse que a grande vantagem é mostrar de maneira prática que é possível produzir e obter ganhos preservando o meio ambiente. “O projeto faz com que as florestas em pé sejam valorizadas”.

CAPACITAÇÃO – A escola profissionalizante vai capacitar os jovens que concluírem o Ensino Fundamental. Rubens Lima acredita que o projeto trás soluções práticas que podem contribuir com o Código Florestal.

MANEJO – Por meio do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), a Florestal Santa Maria S/A trabalha com a venda de madeira tropical desde 2002 e estima gerar anualmente um milhão de unidades de carbono verificados (VCU´S), pelos próximos 30 anos. Situada em pleno arco de desmatamento, no bioma Amazônia, onde a pressão sobre a mata é muito grande, legalmente a fazenda poderia desmatar 20% da floresta para exercer uma atividade econômica. No entanto, optou por preservar 100% a mata existente, investindo no Pagamento por Serviços Ambientais– PSA, no qual se insere a comercialização de emissões evitadas, através do REDD.

A auditoria e a validação do projeto ocorrem de acordo cm a metodologia aprovada pela Voluntary Carbon Standart (VCS). As vantagens são inúmeras com o REDD: cria valor econômico para a floresta em pé; representa uma alternativa rentável para frear o desmatamento; promove no entorno do projeto, importantes co-benefícios socioambientais e contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

Também participaram da reunião, o secretário de Meio Ambiente, Vicente Falcão; a reitora da UFMT, Maria Lucia Cavalli Neder; pró-reitor de Pesquisa da UFMT, Adinauer Tarquínio Daltro; Sandro Marostica, da Bunge; André Vivian de Souza, advogado e Warwick Manfrinato, engenheiro agrônomo.
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