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Sábado, 18 de maio de 2024

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alerta continua

OMS diz que gripe é sorrateira e alerta para mais mortes no mundo

O vírus da gripe suína, conhecido oficialmente como gripe A (H1N1), é "sutil e sorrateiro" e deve causar mais casos graves e inclusive mortes nos países mais pobres e populosos do hemisfério Sul, advertiu nesta sexta-feira a diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margaret Chan

O vírus da gripe suína, conhecido oficialmente como gripe A (H1N1), é "sutil e sorrateiro" e deve causar mais casos graves e inclusive mortes nos países mais pobres e populosos do hemisfério Sul, advertiu nesta sexta-feira a diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margaret Chan.


O alerta foi durante discurso aos representantes dos 193 Estados membros da OMS, reunidos em Genebra, na Suíça, para o encerramento da assembleia anual da organização. A reunião, que foi encurtada para que os representantes pudessem retornar logo aos seus países e aos preparativos antigripe, foi dominada pela ameaça de pandemia de gripe A --embora a OMS tenha mantido o alerta em nível cinco.

"Este é um vírus sutil, sorrateiro, que não previne sua chegada nem sua presença num novo país, provocando uma súbita explosão do número de pacientes que necessitem cuidados médicos ou hospitalização", comentou Chan.

"Os países, principalmente os em desenvolvimento, onde as populações são mais vulneráveis, devem se preparar para casos mais severos que os constatados atualmente", advertiu.

Segundo o mais recente balanço da organização, a gripe suína atingiu 11.168 pessoas em 42 países, a grande maioria no hemisfério Norte, e deixou 86 mortos.

Chan também preveniu que "a atual estação invernal [no Sul] dá aos vírus da gripe uma ocasião para se misturar e modificar seu material genético de forma imprevisível" --o temor dos cientistas é de que o vírus A (H1N1), de fácil transmissão, se una a um vírus como o da gripe aviária, de alta letalidade, causando uma pandemia de proporções preocupantes.

A organização teme ainda a chegada do vírus em países sem os meios de diagnosticar e tratar nem sequer a gripe sazonal.

"A solidez do sistema de saúde de um país estabelecerá a diferença" entre uma simples doença e uma epidemia, destacou Chan.

A diretora da OMS pediu aos Estados membros da organização que adaptem seu dispositivo às circunstâncias uma vez que "os planos mais bem elaborados devem ser fluidos e flexíveis quando um vírus aparece e começa a mudar as regras do jogo".

Epidemia

Em 24 horas, a organização registrou um aumento de 134 casos da gripe suína, uma mudança relativamente pequena perto dos quase mil novos casos diários registrados nos últimos dias. O número de mortes pela doença aumentou de 85 para 86, com uma nova vítima registrada nos Estados Unidos.

O país norte-americano continua com o maior número de casos da nova gripe confirmados em laboratório: são 5.764 pacientes, incluindo nove mortes --um aumento de 54 casos em 24 horas.

O México, país considerado epicentro da doença, manteve 3.892 casos do vírus A (H1N1), com 75 mortes. Também na América do Norte, o Canadá continua com 719 casos da doença, incluindo uma vítima.

O Japão também apresentou um aumento significativo no número de casos, saltando de 259 para 294 pacientes.

O balanço inclui ainda o primeiro caso registrado nas Filipinas e um salto de um para oito casos registrados no Equador e cinco para 24 pacientes confirmados no Chile.

A organização registra ainda casos da doença no A OMS inclui ainda casos da doença registrados na Espanha (113), Reino Unido (112), Panamá (73), França (16), Alemanha (14), Colômbia (12), China (11), Itália (10), Nova Zelândia (9), Israel (7), Austrália (7), El Salvador (6), Bélgica (5), Peru (5), Guatemala (4), Cuba (4), Noruega (3), Suécia (3), Holanda (3), Coreia do Sul (3), Finlândia (2), Tailândia (2), Turquia (2), Malásia (2), Polônia (2), Argentina (1), Áustria (1), Dinamarca (1), Índia (1), Irlanda (1), Portugal (1), Grécia (1) e Suíça (1).

Brasil

O balanço mantém ainda o número de casos da doença registrados no Brasil, oito no total. O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, contudo, que o nono caso confirmado de gripe suína no país. O ministério afirmou ainda que outros 14 casos suspeitos são acompanhados e outros 14 estão em monitoramento.

O novo caso confirmado é do Estado de São Paulo e foi identificado hoje, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O paciente é um homem de 39 anos, que esteve em Nova York entre os dias 13 e 19 de maio. Ele apresentou os primeiros sintomas no dia do desembarque no Brasil. Ele foi atendido ontem (20) no Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi colhido o material para análise pelo Instituto Adolfo Lutz. O paciente está em isolamento domiciliar e passa bem.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos EUA).

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