O PSD de Sinop quer coligação na chapa proporcional com o DEM, com receio de ter pouco tempo de TV no horário eleitoral obrigatório. Como a agremiação é nova, ainda não se sabe quantos minutos os mais de 30 candidatos do PSD terão de propaganda eleitoral. Na última quinta-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento que decidirá qual a exposição que o partido terá no rádio e na televisão.
O presidente da Câmara de Sinop, Remídio Kuntz (PSD), sustenta que a coligação com o DEM é uma garantia.
“Até porque não temos horário de televisão definido. Mas não fica descartada a coligação com outros partidos para aglutinar mais tempo de TV. Um partido novo como o nosso precisa explicar bem para a população conhecê-lo e sem propaganda eleitoral fica difícil”, falou ao
Olhar Direto.
O vereador Gilson de Oliveira (PSD), que levantou o assunto na tribuna do Poder Legislativo, disse que o partido pode minguar nesta eleição depois de ter nascido grande no município.
“Hoje temos cinco vereadores na casa, mas se não tratarmos o PSD com a devida atenção que merece, na legislatura seguinte poderemos ter apenas dois ou três”, comentou para a reportagem.
DEM resiste
Uma reunião entre os pré-candidatos a vereador dos dois partidos foi feita nesta segunda-feira à tarde para tratar do assunto. O ex-vereador e pré-candidato Roberto Trevisan, o “Betão”, disse ao
Olhar Direto que a maioria dos postulantes democratas rechaça a aliança.
“A coligação na proporcional é uma conta que desfavorece os dois partidos, pois vamos fazer menos vereadores. Se concorrermos com chapa pura, temos condições de garantir entre sete a oito cadeiras, com quatro a cinco para o PSD e três a quatro para o DEM. Mas unidos este número deve cair, pois a coligação ficaria no máximo com cinco cadeiras. Ou seja, perde espaço”, analisou Betão.
O DEM tem aproximadamente 15 pré-candidatos. O maior receio, segundo Betão, é numa eventual coligação os democratas concorrerem contra o capital político já formado pelos vereadores do PSD.
“Nós temos só um vereador na casa e o PSD tem cinco. Os iniciantes não querem concorrer dentro da própria coligação contra quem vai à reeleição”, falou.
Trevisan completou dizendo que se o problema para o PSD for o tempo de TV, o DEM pode tentar uma exceção junto à Justiça Eleitoral.
“Quanto ao tempo de TV, não terá problema, pois podemos até contemplá-los fora da coligação oficial, protocolando um pedido junto ao juiz da Zona Eleitoral”.
As duas agremiações devem voltar a se reunir entre esta quarta e quinta-feira para tratar do assunto, junto com os presidentes dos diretórios municipais, o suplente de deputado federal Roberto Dorner (PSD) e o deputado estadual Dimar Dal’Bosco (DEM).
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