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Sábado, 20 de julho de 2024

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Tomar a vacina da gripe é a melhor prevenção contra o vírus A (H1N1)

O vírus da gripe A (H1N1), que causou uma epidemia mundial em 2009, continua circulando pelo Brasil, e os casos voltaram a crescer.


Em 2012, segundo o Ministério da Saúde, já foram registradas mais mortes que em todo o ano passado. Santa Catarina é o estado com mais mortes de janeiro a junho: 38.

A infectologista Rosana Richtmann e o pneumologista Luiz Vicente Ribeiro reforçaram no Bem Estar desta terça-feira (3) que a vacina é a melhor estratégia disponível para prevenir esse tipo de gripe e suas consequências. Na opinião dos médicos, o álcool em gel para lavar as mãos também é melhor que água e sabão porque mata 100% os vírus e bactérias.

Mas, apesar de o Brasil ter atingido 80% da população com a campanha de vacinação deste ano, essa porcentagem não é a mesma em algumas regiões.

Em São Paulo, por exemplo, a cobertura ficou apenas em 73,2%. Segundo especialistas, esse aumento no número de mortes pode ser atribuído a essa falta de imunização.

Durante a campanha, que já se encerrou, a vacina fica disponível de graça nos postos de saúde para idosos, crianças pequenas, gestantes, profissionais de saúde e populações indígenas.

Apenas 71% das grávidas se vacinaram até agora, quando o esperado era no mínimo 80%.

Mesmo quem não pode receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode tomar, mas precisa pagar. O preço varia de R$ 50 a 70 nas clínicas particulares.

Segundo a infectologista Rosana Richtmann, a vacina está em falta na rede privada por causa da grande procura. Mas ela espera que, em breve, aconteça o reabastecimento.

Ela informou também que não há contraindicação para se vacinar.

Tipos de vírus
Os vírus influenza são da família dos ortomixovírus e se subdividem em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade. Todos podem sofrer alterações.

O tipo A é o mais mutável e, por isso, as pandemias estão mais associadas a esse vírus.

A maioria das pessoas infectadas se recupera da gripe em até duas semanas sem tratamento médico.

Mas, no caso de crianças muito pequenas, idosos, grávidas e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.

O controle requer uma vigilância qualificada, somada a imunizações anuais, direcionadas especificamente a esses grupos de maior vulnerabilidade.

Sintomas e transmissão
Os sintomas da gripe, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado: comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e dor de cabeça.

Fique atento para sinais de piora, como falta de ar. Quanto mais cedo for usado um antiviral distribuído pelo Ministério da Saúde, mediante receita médica, melhor.

A infectologista Rosana Richtmann recomenda que o remédio seja tomado nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas. Isso ajuda a abreviar a doença e minimizar as chances de transmissão. É importante procurar um médico.

Quem já teve a gripe H1N1 já criou anticorpos e, caso volte a ter a mesma gripe, terá com menor intensidade. Uma das dicas para se prevenir é deixar os ambientes arejados. O vírus precisa de uma distância de mais ou menos 1 metro para ser transmitido e consegue sobreviver até 7 horas fora do corpo.

No vídeo ao lado, os médicos tiram dúvidas dos internautas.

Essa transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada através da fala, tosse ou espirro. Por isso, é importante virar a boca ou o nariz ou usar os braços, não as mãos, para impedir que o vírus se espalhe.

Essa recomendação de não utilizar as mãos para evitar a disseminação do vírus acontece porque as pessoas podem se infectar através das mãos. Elas podem levar o agente infeccioso até a boca, olhos ou nariz por causa do contato com superfícies recém-contaminadas.

Para prevenir, os infectologistas recomendam lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos. O álcool gel também pode ser usado após a tosse ou o espirro - inclusive, ele é mais recomendado pelos médicos do que o sabão. Higienizar as mãos, no mínimo, 5 vezes ao dia é um número adequado.
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