O senador Mário Couto (PSDB-PA) subiu mais uma vez a tribuna do Senado Federal para desferir ataques ao ex- diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, a quem acusa de roubo do dinheiro público e formação de caixa dois para campanhas eleitorais.

E a ocasião não poderia ser mais oportuna para o parlamentar paraense, já que é justamente nesta quarta-feira (11) que as atenções da república estão voltadas ao Senado, que cassou o senador Demóstenes Torres (sem partido) no fim desta manhã.

"Foi preciso que o Pagot roubasse demais para que houvesse alguma invetigação. No Brasil é possível roubar muito que nada acontece", disparou.

Com um discurso repetitivo, teatral e demagógico, no entando, deixa cada vez mais claro que o senador paraense tem algum problema pessoal com Pagot. Couto, no entanto, nem citou o fato de o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, ter sido colocado em liberdade depois de cinco dias preso na sede da Polícia Federal em Goiás.

Juquinha foi preso na semana passada durante a Operação Trem Pagador. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de superfaturar trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás.

Esta não é a primeira vez que Mário Couto direciona sua artilharia pesada e verborragia contra Pagot, que foi seu principal alvo enquanto o ex-diretor era responsável pelo Dnit, autarquia que executa grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e possui um dos maiores orçamentos federais.

Há a possibilidade de que mais ataques sejam feitos quando Pagot comparecer para depor na CPI Mista do Caso Cachoeira. A data das oitivas de Pagot e de Fernando Cavendish, aprovada na semana passada, ainda não foram definidas, mas estão descartados depoimentos antes do recesso parlamentar, que começa dia 17 de julho e se encerra em 5 de agosto.

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