A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) autorizou a reestruturação do resíduo da dívida de Mato Grosso, cujo valor hoje é de R$ 900 milhões, com operação bancária externa, após mais de dois anos de negociações.

Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o governador Silval Barbosa, comemorou a decisão, que, embora tardia, vai aliviar os cofres públicos de imediato. “Nosso esforço foi muito grande e gastamos muita energia. Mas, o gasto maior foi com a questão financeira, pois poderíamos ter economizado muito se a autorização fosse concedida há mais tempo", lamentou Silval.

O lamento do chefe Executivo mato-grossense é pertinente, visto que o serviço da dívida abocanhou ao menos R$ 300 milhões da Receita Corrente Líquida do governo. O montante pago fez o resíduo da dívida reduzir de R$ 1,15 bilhão para os R$ 900 milhões repactuados.

De acordo com uma fonte do setor fazendário, o governo espera agora apenas o último parecer do Ministério da Fazenda para concretizar a rolagem da dívida em condições mais favoráveis do que às praticadas pela União.

As partes agora fazem a sintonia fina dos termos do acordo de reestruturação em relação às questões jurídicas que possam permitir a operação externa, cujo o maior interessado é o Banco do Brasil.

Histórico da dívida

A proposta inicial do governo de Mato Grosso era reestruturar R$ 5,1 bilhões. Contudo, houve fortíssima resistência da STN porque haveria precedente para que outros Estados pleiteassem a mesma operação. Por isso, optou-se pela reestruturação do resíduo da dívida.

A proposta da dívida foi elaborada pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, e o economista Vivaldo Lopes.

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