Queixas, muitas queixas. Os servidores públicos de Cuiabá estão insatisfeitos e revoltados com o projeto de sucateamento do serviço público. O resultado é o que se nota atualmente em todos os setores da cidade: o cidadão desassistido em praticamente todas as áreas e a Capital enfrentando profundo desgaste arquitetônico e cultural. Grande parte das críticas à forma de condução do município foi apresentada nesta quinta-feira, 11, ao candidato a prefeito Lúcio Cabral, da coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil”, e ao candidato a vice Francisco Faiad.
O encontro foi realizado no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sispumc), durante toda a tarde, e contou com a participação de representante de todos os setores da administração pública do município, entre os quais, da saúde, educação e desenvolvimento urbano. Todos foram unânimes em denunciar o esquema de sucateamento do serviço público, com achatamento salarial e esquema de terceirização, com contratação de mão de obra temporária.
Durante a reunião, Ludio e Faiad colheram diversas informações e denuncias sobre a situação do funcionalismo municipal. O candidato petista declarou, no entanto, que conhece grande parte dos problemas. “Sou um servidor público municipal, que está na ponta. Eu sofro os mesmos problemas. Mesmo como vereador, jamais deixei de trabalhar um dia que fosse, atendendo as pessoas no Três Barras, Tijucal, Osmar Cabral” – disse. Portanto, segundo ele, o sucateamento do serviço público não chega a ser uma novidade. Assim como também, segundo ele, não será novidade aparecer nesta época do ano os “salvadores da Pátria”.
Diante disso, explicou que discutiu diretamente com a equipe de elaboração do plano de gestão as questões que vão beneficiar diretamente a classe. A primeira delas, anunciada pelo candidato a prefeito, visa justamente colocar fim ao esquema de contratos temporários. Isso será feito, segundo ele, com a realização de concursos público anual. “A proposta da Prefeitura é justamente enfraquecer quem cuida do poder público. A Prefeitura não precisa de um patrão, mas de quem possa administrá-la” – observou.
Lúdio destacou ainda a necessidade de se instituir o Conselho de Gestão de Pessoal, com a participação paritária entre governo, servidores e usuários dos serviços públicos, agilizar os processos administrativos relacionados aos direitos dos servidores; e revisar todos os Planos de Carreira municipais, bem como os direitos retroativos dos servidores e firmar um calendário para a sua quitação até o segundo ano de governo, fazendo uma exceção para os idosos que serão contemplados ainda no primeiro semestre de governo.
O petista propôs ainda recuperar perdas e assegurar ganhos reais nos vencimentos dos servidores públicos ao longo dos quatro anos de governo, tendo como parâmetro o aumento da arrecadação municipal e, ainda, instituir Mesa Permanente de Negociação com as entidades representativas dos servidores públicos municipais.
