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Sábado, 29 de junho de 2024

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greve nas federais

'Governo é culpado pelo prejuízo dos alunos com greve nas universidades'

Foto: Lucas Bólico - OD

Professor da UFMT Maurélio Menezes

Professor da UFMT Maurélio Menezes

Os prejuízos decorrentes da greve das universidades federais poderiam ser evitados se o governo tivesse compromisso de resolver a questão "de frente”. A análise é do professor do curso de jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso e membro da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Maurélio Menezes.


Segundo ele, a proposta de reajuste dos salários dos docentes e a reestruturação dos planos de carreira foram apresentados ao governo em 2011 e até o momento não há uma solução para este impasse.

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“O único responsável pelos prejuízos aos alunos e à população em geral é o governo. A proposta está na mesa do governo desde o ano passado. Mas falta vontade de enfrentar o problema. O governo apresenta argumentos artificiais”, revela.

Na opinião do sindicalista, o governo federal faz uma espécie de jogo de cena para mostrar que está negociando. Entretanto, de concreto, conta Menezes, até agora, nada.

“O governo criou um grupo de trabalho para negociar com as categorias, mas este grupo de trabalho nunca funciona. Eles convocam a reunião e ninguém de lá participa. É um jogo de cena. Agora, liberar 10 bilhões [de reais] ao FMI [Fundo Monetário Internacional] para mostrar que está no rumo certo é fácil”, argumenta.

Com relação à mudança no plano de carreira dos docentes, o sindicalista lembra que cerca de 60% das vagas nos concursos para professor universitário não são preenchidas por conta da falta de valorização salarial e da definição de um plano de carreira que estimule os profissionais a sempre buscar aperfeiçoamento.

“Se um analista de sistemas pode ganhar oito mil reais de vencimento inicial em outras carreiras, por que ele vai querer receber dois mil para se professor universitário?”, questiona.

Maurélio Menezes aponta também a falta de interesse do governo federal em investir na educação e critica a política externa brasileira de beneficiar o sistema financeiro e conceder benesses a parceiros comerciais falidos como Argentina e Paraguai.

“O governo prefere dar Bolsa Família e manter as pessoas com um mínimo possível do que investir na emancipação delas. Grande parte dos brasileiros que hoje estão endividados e dando lucro para os bancos estão nesta situação porque não receberam educação financeira. Não sou contra bancos, mas o Brasil deveria se concentrar em resolver seus problemas internos antes de oferecer ajuda a Argentina e Paraguai”, analisa o jornalista.



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