Mato Grosso é o décimo oitavo estado do país com a pior relação entre números de linhas de celular por antenas. De acordo com reportagem de Folha de S. Paulo, o estado tem uma média de 4.591 linhas para cada antena. O quadro mais crítico é o da Bahia, com 6.768 linhas e o mais ameno é do Rio Grande do Sul, com média de 3.514 linhas por cada antena.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nunca estabeleceu um limite entre esta relação apesar de a proporção de linhas por antenas influenciar diretamente na qualidade do serviço prestado. Nos Estados Unidos, por exemplo, a média é de 1000 linhas para cada antena.

As operadoras no Brasil não estão conseguindo acompanhar a demanda de novos celulares. Em 2002, a média nacional era de 2.418 linhas por antena e hoje é de 4.618, o que representa um aumento de 91%.

Até Junho, revela Folha, a Vivo liberou recursos para 254 torres, mas apenas quatro foram executadas. Só em Porto Alegre, a Oi espera há quase quatro anos para erguer 50 novas torres.

Mato Grosso, tal qual os estados considerados fora do “grande eixo”, nunca recebeu atenção prioritária para a construção de novas antenas. Apenas após o chamado “milagre da soja”, MT começou a ganhar mai torres.