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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Política MT

Associação defende a segurança do pesque-e-solte

A pesca esportiva em Mato Grosso deve atrair mais de 50 mil turistas nos próximos três anos, segundo a Associação Mato-grossense de Ecologia e Pesca Esportiva (Amepesca). Isso deve acontecer devido às alterações na Lei 9.096, de 16 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a Política de Pesca no Estado. A Lei deve sofrer mais uma alteração dos deputados na sessão desta terça-feira (07), para entrar em vigor no dia 1° de novembro.


O vice-presidente da Amepesca, Antenor Alves Junior, contestou hoje (06) informações divulgadas na imprensa de que o peixe morreria ao ser capturado e depois devolvido ao rio, que é o que acontece na modalidade de pescaria denominada "pesque-e-solta". “Hoje, todos os peixes abaixo da medida devem ser soltos de volta ao rio, mas não temos notícia de que eles morram. Além disso, já há diversos estabelecimentos que praticam o pesque-e-solte. Se os peixes morressem ao ser capturados, podemos dizer que não haveria mais nenhum exemplar nestes lugares”, disse.

Segundo o vice-presidente, em 2011 cerca de 80 mil brasileiros foram pescar na Argentina, onde vigora uma lei do pesque-e-solte semelhante à de Mato Grosso. “Lá (na Argentina) já é possível encontrar peixes grandes, que aqui já são raridades”, disse Antenor. Segundo ele, desses 80 mil turistas, cerca de 70% poderiam vir para Mato Grosso caso os rios daqui tivessem a quantidade e o tamanho dos peixes que existem no país vizinho.

Os Estados Unidos também lucram com o turismo pesqueiro, sobretudo nos estados onde vigora o pesque-e-solte e é possível encontrar grandes espécies de peixes. “Nos Estados Unidos, os estados onde não vigora o pesque-e-solte há medidas mínimas e máximas para cada espécie, e têm atraído turistas brasileiros para lá”, comentou o vice-presidente.

Para Antenor Alves, as pessoas ainda não entenderam a essência da lei, que visa à preservação ambiental. “Até agora todos se mostraram preocupados com o próprio bolso, mas nada falaram sobre a preservação ambiental que haverá com as alterações na lei”, finalizou.

Entenda as alterações na Lei:
  • O pescador amador deve pescar na modalidade do pesque-e-solte, não podendo fazer o transporte do pescado nos próximos três anos. No quarto ano, a cota será de 3 kg, e, a partir do quinto ano, será de 5kg por pescador.
  •  Suspende a emissão de novas licenças para pescadores profissionais.
  •  Fica proibido o abate e o transporte das espécies dourado (Salminus maxillosus) e piraíba (Brachyplathystoma filamentosum).
  •  Pescadores profissionais podem pescar até 100 kg por semana.
  • O Conselho Estadual de Pesca (Cepesca) poderá ter autonomia para definir o tamanho mínimo e máximo de captura.
  •  Proíbe a pesca com anzol ou garateia “secos”. à A fiscalização pode ser feita por organizações não governamentais.
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