As famílias dos dois brasileiros mortos na Bolívia após serem queimados vivos são de Várzea Grande são de Várzea Grande (MT) e o governo de Mato Grosso se comprometeu a trazer os corpos deles para o Estado. A previsão é que os restos mortais cheguem em Cuiabá (MT) no início da tarde desta quinta-feira (16).

Os brasileiros Rafael Max Dias e Jefferson Castro Lima foram mortos terça-feira (14) no povoado de San Matías, situado na fronteira da Bolívia com o Brasil, próximo a Cáceres (MT). Aproximadamente 300 homens retiraram os dois de dentro da Delegacia onde estavam presos sob a acusação de ter assassinado três bolivianos e atearam fogo neles.

As famílias dos brasileiros moram em Várzea Grande (MT) e um deles residia em Tangará da Serra (MT), onde cumpriu pena por tráfico de drogas. Rafael e Jefferson já tinham passagem pela polícia e estavam em liberdade.

O governo brasileiro emitiu nota oficial e disse que a Embaixada em La Paz foi instruída a manifestar às autoridades bolivianas repúdio ao crime que vitimou os cidadãos brasileiros, instando-as a adotar medidas que evitem a ocorrência de situações similares e a proceder às investigações necessárias com toda a celeridade e rigor.

O Consulado-Geral em Santa Cruz de la Sierra foi instruído a organizar visita de agentes consulares e policiais brasileiros à localidade, com vistas a colher informações detalhadas sobre o incidente, acompanhar o início das diligências policiais e prestar assistência consular às famílias das vítimas.

Três bolivianos mortos

As primeiras investigações apontam que Rafael Dias, de 27 anos, disparou contra os bolivianos Pablo Parava, Wanderley Costa e Edgar Suárez após uma discussão sobre o preço de duas motocicletas que os brasileiros tentavam vender. Jefferson Castro de Lima, 22, teria acobertado o colega.

 - Dois brasileiros são quimados vivos em San Matías

Os 300 homens antes de queimar os dois brasileiros ateou fogo no carro da polícia. A multidão encharcou Rafael e Jefferson com gasolina e atearam fogo.