Reconduzido à presidência da Assembléia Legislativa, o deputado estadual José Riva (PSD) para o biênio 2013/2015, após a aprovação da Emenda Constitucional que permitiu a reeleição dos atuais membros da mesa diretora. A votação ocorreu em sessão vespertina desta terça-feira (04). Apenas a deputada Luciane Bezerra se manifestou contra, os demais 23 maciçamente votaram a favor
Compõem a chapa reeleita “Legislativo Independente” como primeiro vice-presidente Romoaldo Júnior (PMDB), segundo vice-presidente Antônio Azambuja (PP), a primeira secretaria o deputado Mauro Savi, segunda secretaria Dilmar Dal’Bosco (DEM), terceira secretaria com Luiz Marinho (PTB) e Airton Português (PSD) na quarta secretaria.
Na prévia da votação, o presidente da Casa destacou que durante discussão no colégio de líderes, pautado sobre a reeleição da mesa diretora, a chapa única recebeu apoio maciço dos parlamentares. Destacou que os membros representam reforço do desejo dos pares de representar um legislativo com compromisso com governabilidade e não com a pessoa física do governador Silval Barbosa (PMDB).
A comissão apuradora foi composta por Sebastião Rezende (PR), J. Barreto (PR) e o deputado Pedro Satélite (PSD).
A chapa vencedora deixou para confirmação do nome de Riva na presidência para a hora da sessão. Anteriormente, Romoaldo Júnior afirmou que caso o social-democrata não dispusesse seu nome, se candidataria para presidir a mesa. A estratégia, num geral e como todo, visa manter situacionistas no poder, já que Sérgio Ricardo abandonou a casa para se tornar conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Quanto a oposição tentou arquitetar uma chapa para enfrentamento, contudo, a própria manobra que permitiu a reeleição tratou de minar a possibilidade de um grupo rival. A votação da emenda que permitiu o ato deveria ter sido votada em novembro, mas ocorreu às pressas este mês, quando grande parte da oposição estava ausente.
Oposição e situação
Já reeleito, José Riva tratou de agradecer a votação positiva dos parlamentares, mas não se esqueceu de mencionar as divergências em discussão das últimas sessões. Afirmou que aceita ser criticado e se qualificou como uma pessoa flexível no diálogo, pela necessidade de saber aceitar as críticas para poder trabalhar em prol da sociedade.
“É preciso saber tirar as divergências e torná-las em atos para a sociedade. Aceito ser criticado, não pensem que sou uma pessoa inflexível, porque não sou. As críticas que são feitas nós devemos utilizar para nos aperfeiçoar. Temos aqui interesses políticos divergentes, mas queremos o melhor para o nosso estado”, argumentou.
A referência a divergência foi direcionada no ato especificamente para Luciane Bezerra, única votante contra a reeleição da mesa diretora e que subiu a tribuna para demonstrar a insatisfação com a permanência de um mesmo grupo no poder. No plenário, a deputada argumentou que tentou montar uma chapa de oposição, mas perdeu a votação e por isso não a concretizou.
