A crise na Saúde em Mato Grosso que se agravou na última semana repercutiu em uma das colunas mais influentes na política nacional, a do jornalista Claudio Humberto. O colunista destacou no sábado o que ele chamou de “caos” na Saúde, com o cancelamento das cirurgias nos hospitais regionais de Sorriso e Colíder, conforme noticiado em primeira mão pelo Olhar Direto.

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Sem repasses, hospitais regionais de Colíder e Sorriso param cirurgias

“O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), enfrenta grave crise na Saúde. Os hospitais referência de Sorriso e Colíder cancelaram as cirurgias por falta de pacotes esterilizados. A Secretaria de Saúde deixou acumular uma dívida milionária junto a fornecedores”, diz Humberto.

As cirurgias pararam porque o Estado deixou de repassar mais de R$ 1,5 milhão à empresa responsável pela desinfecção do material cirúrgico. Na sexta-feira (07), no entanto, em entrevista ao Olhar Direto, o vice-governador, Chico Daltro (PSD), afirmou desconhecer a situação, como também declarou não ter conhecimento da cobrança feita pelo Ministério Público para que o Estado quitasse os repasses.

Sem o repasse, os hospitais de Sorriso e Colíder estão sem pacotes cirúrgicos desde o final da tarde do último dia 05. A empresa só está funcionando com 30% da capacidade e um funcionário dela chegou a ser detido pela polícia quando tirava os materiais privados da unidade de Sorriso. De acordo com a polícia, a direção do hospital o denunciou por roubo.

Além da falta de pacotes cirúrgicos, faltam também remédios. Um dos casos em que o MP entrou para tentar resolver é a falta de medicamento para 48 pacientes que dependem do remédio e suplementos para tratamento de fibrose cística em Mato Grosso.

Na ultima semana, a Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Cuiabá requereu ao Poder Judiciário o desarquivamento de um processo, com sentença transitada em julgado, que garante o fornecimento dos medicamentos indispensáveis ao tratamento.

"O Estado de Mato Grosso não vem procedendo, de forma regular, ao fornecimento de medicamentos aos pacientes de fibrose cística. Além da afronta à dignidade da Justiça e ao direito dos jurisdicionados, esta situação causa sério desprestígio ao Poder Judiciário”, explicou o promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes. O governo tem até esta segunda-feira para cumprir a determinação, sob pena de multa.

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