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Sábado, 27 de abril de 2024

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sobe o tom

Carlos Brito liga Lúdio a aborto e drogas; aliados rebatem críticas

Foto: Reprodução TV

Carlos Brito apresenta programa e também critica repasses do governo para a saúde de Cuiabá

Carlos Brito apresenta programa e também critica repasses do governo para a saúde de Cuiabá

A campanha do candidato a prefeito em Cuiabá, Carlos Brito (PSD), inaugurou nesta quarta-feira no programa eleitoral da televisão a fase de ataques a adversários comum nas eleições. Ele tratou de ligar o concorrente Lúdio Cabral (PT) como favorável ao aborto e ligação com drogas. A ação de campanha costuma angariar votos de eleitores conservadores. Aliados de Lúdio rebatem e criticam Brito.


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Em depoimento do pastor Paulo Marcos, ele conta a história da Regina, sua mãe, que foi estuprada. Ele narra que a avó sugere o aborto, o que não foi concretizado. Embora excepcional, a mãe continua viva, com os cuidados do filho religioso.

"Aí o tempo passou e eu tenho uma mãe que é excepcional. Eu sempre cuidando da minha mãe em relação a banho, a comida, a abraçar, a beijar. Aí eu falo: e se tivesse feito o aborto?", relata.

O apresentador ainda lembra ao fim do programa de uma resolução do 2º Congresso da Juventude do PT, em novembro de 2011, que define a "legalização do aborto e das drogas".

"O PT do Lúdio quer a legalização do aborto e das drogas. E toda diretoria do PT aprovou", diz o apresentador. E Carlos Brito acrescenta: "Eu sou cristão e tenho princípios. Jamais ficaria em um partido que é a favor do aborto e das drogas". 

No trecho em que a campanha de Carlos Brito tenta vincular Lúdio Cabral às drogas, é mostrada uma outra pergunta. "O que você pensa a respeito da proposta de liberação das drogas, elaborada pelo PT do Lúdio?". Uma outra personagem do programa, Claudimeire Nogueira comenta, emotiva, e repudia a ideia.

"Se liberar a droga, vai ver na mão das crianças, mais do que é. Vou ver que minhas filhas vão sair abraçadas com qualquer dependente fumando". responde.

Saúde

O programa também critica repasses para a saúde do governo Silval Barbosa (PMDB), aliado de Lúdio nas eleições. Em um dos trechos do programa, a locução informa que "a saúde de Cuiabá está morrendo. O jornal A Gazeta divulgou: pela falta de pagamentos da Secretaria Estadual de Saúde, três hospitais públicos e quatro unidades de saúde tiveram serviços suspensos".

Como apresentador do programa, Carlos Brito cita que com o apoio do governador Silval Barbosa (PMDB) haverá "os mesmos erros do governo do Estado para se repetirem em Cuiabá".

A tese de discriminalização do aborto é defendida pelo PT. Em toda eleição a que o partido participa o tema vem ao debate. Foi tema inclusive da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010, onde, em um debate ela aprovava a discriminalização do aborto, ou seja, autorização legal para as mulheres fazerem aborto com apoio de recursos públicos.

Campanha de Lúdio

A coordenação do petista Lúdio Cabral esclarece que o programa apresentado pela campanha de Carlos Brito não faz parte do processo eleitoral. "Começou a baixaria na campanha eleitoral. É desespero de quem acha que vale tudo. É um ataque à pessoa, Lúdio é médico, atuou na área por toda a vida. É um ataque baixo, ofensa à família", rebateu o coordenador de marketing da campanha do PT, jornalista Elton Rivas.

Ele afirma que a campanha não vai entrar "nessa provocação baixa", embora fará a defesa. "Isso mostra que o adversário quer vencer a qualquer custo. Para Alguns, esta eleição é uma disputa da vida deles. Por isso, o candidato traz esses temas, ao tentar que o PT é isso, é aquilo", defende.

"Não adianta levantar essas falsas suspeitas. Nem Lula, nem Dilma fez nada. O PT governa o país há 10 anos".

Eder Moraes

O ex-secretário estadual Eder Moraes rebate as críticas de Brito na crítica da condução do processo de quando o candidato em Cuiabá era diretor da agência estadual responsável pela Copa (ex-Agecopa, atual secretaria Secopa) e com relação ao caso conhecido como Land Rover.

"O que Carlos Brito precisa justificar é o por que ele enquanto diretor de infraestrutrua da Agecopa iniciou o processo de aquisição das Land Rover. Precisa também explicar, porque realizou uma licitação da Arena Pantanal ao custo de R$ 340 milhões", rebate.  "Alardeou aos quatro cantos que era a Arena mais barata do país. E quando partiu-se para a execução da obra estima-se um valor superior a R$ 700 milhões", compara.

"Outro fato interessante é que ele assume a condição diferenciada no processo, de pinóquio laranja. Porque atribui a si obras que não são suas e usa seu programa para atacar o segundo colocado nas pesquisas neste momento", critica Eder.

Ele ainda afirma que Carlos Brito utiliza o programa eleitoral com vistas à eleição de 2014. E as críticas deferidas nesta quarta-feira só faz ele perder aliados. "Essa postura agressiva de Carlos Brito fez com que cinco importantes candidatos do PSD o abandonasse e passasse a apoiar Lúdio", diz Eder sobre dissidentes deste semana, sem querer dar detalhes.

"Um homem como Brito, esclarecido, se presta a esse papel, é porque chegou ao fundo do poço da política".

Eder Moraes era presidente da Agecopa e é acusado no processo da compra de 10 equipamentos com Land Rover para monitorar crimes na fronteira de Mato Grosso. O Ministério Público Estadual solicita indenização dele e de outros envolvidos em R$ 2 milhões no contrato. Sobre as denúncias contra ele a respeito do caso, o ex-secretário afirma que o processo está subjúdice. Eder afirma que não houve erro na contratação dos veículos.



Atualizada às 15h33
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