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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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MT Saúde só volta a atender após quitação; SAD dá prazo de 70 dias

Foto: Lucas Bólico - OD

Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso, José Ricardo de Mello

Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso, José Ricardo de Mello

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso, José Ricardo de Mello, garantiu que os atendimentos do MT Saúde continuaram completamente parados enquanto o governo do Estado não fizer o repasse das verbas atrasadas. De acordo com a assessoria da Secretaria de Administração (SAD), no entanto, o prazo estipulado para a quitação dos débitos é de 70 dias.


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O sindicato e a SAD discordam, no entanto, em relação ao tamanho da dívida. De acordo com os cálculos do governo, o Estado deixou de repassar R$ 32 milhões, produto da soma da falta de repasses para manutenção do plano com o atraso na quitação das parcelas da dívida de R$ 39 milhões.

José Ricardo Mello garante por sua vez que a dívida pode ultrapassar a marca de R$ 40 milhões. Além do atraso de três parcelas da dívida e da falta de repasse mensal, o sindicalista argumenta que existe um ‘vácuo’ de responsabilidade sobre um período de atividade do plano.

“O plano de saúde até 20 de março tinha contrato com o governo com o Samaritano. O governo contratou a São Francisco no dia 10 de abril. Entre os doa 20 de março e 10 de abril as contas não ficaram nem com o MT Saúde nem com para a firma anterior, ficou um vácuo ali. Pessoas foram internadas, atendidas nesse período e não sabemos para quem mandamos a conta e nós queremos esse entendimento”, afirma.

Para o sindicato, cerca de R$ 3 milhões deixaram de ser repassados neste intervalo administrativo. A SAD, no entanto, declara que irá auditar os gastos destes dias para antes de quitar os débitos.

Entenda o caso

O governo começou a atrasar os repasses ao MT Saúde em setembro do último ano. Em março, o Estado admitiu a dívida de R$ 39 milhões e fez um parcelamento em sete vezes. As três últimas partes não foram pagas. “O governo contratou uma empresa que é a São Francisco que vem regularmente cumprindo com as nossas obrigações e em setembro [deste ano] ela não conseguiu nos repassar por que não houve repasse do governo, nós ficamos sem repasse da São Francisco e ficamos sem repasse nos três meses das últimas prestações com isso inviabilizou o sistema”, explica José Ricardo.

“Impacto disso é um furo por volta de R$ 40 Milhões”, declara. “Houve a paralisação do atendimento, estamos fazendo apenas urgência e emergência, mas houve uma paralisação dos atendimentos para as áreas eletivas até a gente achar um entendimento disso. Nós tentamos varas vezes a negociação, nós não tivemos respostas, o governo falou que não tem orçamento para pagar. Se não tem orçamento daquilo que foi assinado, eu não tenho como continuar o atendimento até para estancar uma hemorragia que está tendo no nossos hospitais”, argumenta

Impacto nos hospitais e nos atendimentos

“Acredito que em algumas instituições o MT Saúde é responsável por 20 a 30% dos atendimentos e isso é um valor expressivo. É o segundo maior convênio depois da Unimed e com essa desorganização que houve, inviabilizou o sistema. A rede pediu e vamos parar e aguardar uma resposta”, esclarece o presidente do sindicato.

José Ricardo estima que os atendimento diários do MT Saúde orbitavam entre 500 e 600 diários, o que não está mais sendo feito além do emergencial. “Chamamos os servidores para comunicar porque nós não estamos atendendo. Não é que não gostamos de servidor, a questão é a sobrevivência das instituições de Saúde”, afirma.

“O doente é caro. Para ser atendido precisa de remédio, roupa lavada, comida, precisa de enfermagem e o que está acontecendo: como o MT Saúde é dentro da cidade do estado de Mato Grosso o segundo maior convênio isso dá um impacto muito grande para a rede”, finaliza.
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