Apenas um candidato a prefeito não sofreu nenhuma punição da Justiça eleitoral e não precisou conceder direitos de resposta aos adversários em seu horário eleitoral e inserções na disputa em Cuiabá. Líder do Psol em Mato Grosso, o Procurador Mauro acompanhou nas últimas semanas as enxurradas de decisões judiciais obtidas por seus concorrentes se mantendo à margem da briga no “tapetão”.
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Isso não significa, no entanto, que o socialista tenha feito uma campanha “chapa-braca”. Muito pelo contrário, Procurador Mauro se destacou por expor contradições de seus adversários e dos apoiadores dos mesmos. Nos programas de televisão e nos debates, o socialista apresentava críticas contundentes e perguntas desconcertantes aos adversários, postura que às vezes lhe rende a imagem de que está na disputa para atacar todo mundo.
“O pessoal fala que eu gosto de atacar”, reconhece. “Eu não gosto de acatar, nós não fazemos baixaria, nós fazemos críticas contundentes dentro da legislação , tanto que eu fui o único candidato nesta campanha que não sofri nenhum direito de resposta da justiça eleitoral”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.
“Na nossa campanha nós fazemos as críticas dentro dos limites da legalidade. A gente faz e proposta, fazemos a critica sem nunca partir pra baixaria”, justifica. Durante toda a campanha, apenas o candidato Carlos Brito (PSD) chegou a acioná-lo na justiça mas não obteve êxito. “Aquela foi uma crítica política, não um ataque”, relembra o socialista.
Vindo de duas campanhas consecutivas, para prefeito em 2008 e ao Senado em 2010, o socialista já possui capital político para disputar com chances reais de vitória uma campanha para deputado federal e estadual – sem estrutura de campanha, ele venceu Carlos Abicalil (PT) na disputa ao Senado em Cuiabá. O Procurador, no entanto, explica que não quer apenas se eleger. Suas campanhas, segundo ele, também são feitas para manter vivo o Psol em Mato Grosso.
