A coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil”, encabeçada pelo petista Lúdio Cabral, candidato a Prefeitura de Cuiabá, ainda não digeriu o ‘apagão’ sofrido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) durante a apuração do resultado do 1º turno. Tanto ainda incomoda o fato, que ex-secretário de Estado e um dos principais articuladores da campanha, Eder Moraes (PR) afirmou que irá contratar observadores e especialistas para avaliarem se houve algo obscuro na eleição.

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O republicano afirma que não coloca em suspeita o Tribunal e que confia na atuação do presidente da Casa, o desembargador Rui Ramos, mas que acredita que o sistema utilizado pelo país, com as urnas eletrônicas, esteja passível de manipulação. Isso porque, segundo ele sugestiona, praticamente todas as pesquisas apontavam para um resultado, com maioria de votos para Lúdio, contudo, de surpresa, na apuração Mauro Mendes saiu na frente.

“Confio no Rui Ramos, na condução da apuração dele, ele é um homem honesto e probo, mas está provado que o sistema eleitoral é possível ser fraudado. Nós queremos ajudar o TRE e mostrar para a população que algo não republicano aconteceu”, ressaltou.

Os questionamentos surgiram após a apuração dos votos, pelo fato de o sistema do Tribunal ter registrado como nulos os votos que seriam atribuídos a Lúdio Cabral. Rui Ramos teria explicado que o fato ocorreu porque não houve a troca de chaves que trocava a candidatura de coligação de indeferida com recurso para deferida, após julgamento da candidatura do vice Francisco Faiad.

Mesmo com a negativa do presidente do TRE de que possa ter havido qualquer irregularidade ou fraude no pleito, Moraes destaca que a população precisa entender o que houve. Para isso, além de verificar a apuração, exalta que irá encaminhar vídeos e denúncias ao Ministério público Eleitoral (MPE) em que mostram atos suspeitos de que tenha sido usado mapeamento para compra de votos por parte do socialista.

“Não existem em qualquer lugar do mundo cinco pesquisas de renome errar, e inclusive as vésperas da eleição, enquanto que apenas uma pertencente ao irmão do coordenador de campanha do Mauro tenha acertado. Isso deve ter acontecido, inclusive, para que não fosse tão escandaloso o tanto de votos que ele recebeu”, reiterou.

Os pedidos de análise já foram encaminhados pela coligação para o TRE, mas caso não haja resposta, Eder Moraes afirma que o caso será levado até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda engasgado, Eder aproveitou para rebater o que tem se tornado uma constante, as criticas de Mauro Mendes e aliados as análises eleitorais, que davam a preferência do eleitorado para Lúdio. Emanuel Pinheiro, coordenador da campanha, em particular, havia falado que as pesquisas eleitorais que apontavam Cabral são ‘virtuais’, e aí entra a resposta do ex-secretário, que brada que virtual foi a sacanagem que fizeram ao petista nas urnas.

Possível manipulação das urnas

Nesta semana o jornal da Band veiculou reportagem que questiona a eleição para prefeitura em Caxias, cidade do interior do Maranhão. Lá, alguns dos votos feitos para um candidato teriam sido computados para o concorrente. Inclusive, em uma das seções, nenhum voto foi registrado para o candidato prejudicado, o problema e que evidenciou a possível fraude, é que ele próprio votava na seção e seu voto também não foi registrado.

Eder Moraes volta a afirmar que é possível que tenha manipulação dos votos, como está, e por isso a preocupação de contratação de observadores para avaliarem o que ocorreu em Cuiabá. Em algumas seções na capital, houve uma grande repetição de números de votos nos candidatos, o que o republicano denominou de estranha coincidência.