Presidente da Assembleia Legislativa e secretário-geral do Partido Social Democrático (PSD), se diz favorável ao financiamento público de campanha e que a democracia só será plena quando não deixar o poder aquisitivo influenciar nas disputas eleitorais.

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Segundo ele, prova de que o poder aquisitivo decide eleição foi o município de Cáceres onde o candidato do PSD, Leonardo Albuquerque, aparecia na frente em todas as pesquisas e mesmo assim, perdeu para o peemedebista Francis Maris por cerca de 300 votos.

“Por isso eu defendo o financiamento público de campanha. Cáceres foi um desses casos onde o poder aquisitivo falou mais alto. O nosso candidato perdeu porque o outro praticamente comprou a eleição”, externou José Riva em plenário durante sessão matutina desta quarta-feira (10).

Contudo, Riva considera que o cidadão está mais atento e quer discutir política permanentemente. “O cidadão não quer mais o candidato que aparece somente de quatro em quatro anos. Venceram os que mereceram e se articularam melhor, com exceção daqueles que abusaram do poder econômico”, declarou.

O deputado comentou ainda sobre a polarização do processo eleitoral na capital e lembrou que lideranças políticas não vencem eleição pelos candidatos que apóiam. “Se fosse pela liderança, a eleição em Cuiabá já estaria decidida desde domingo pois Mauro detém maior o poder econômico e apoio dos dois senadores mais votados do estado: Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT)”, disse.

Para Riva, a conjuntura política é que define uma eleição. “É o curso natural do processo eleitoral. Lideranças não perdem ou ganham eleição. Juara é um exemplo disso. Sempre fui o deputado melhor avaliado, no entanto o Oscar Bezerra foi mais votado que o Alcir Paulino, que é o nosso candidato. Esse papo de alinhamento é burrice e caso Oscar consiga reverter inelegibilidade, vai contar com meu apoio, coisa que a oposição não fez da gestão do Alcir. Às vezes o resultado das urnas traz um recado que precisa ser respeitado”, finalizou.