Durante a 35ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Sorriso, os vereadores derrubaram por sete votos os vetos do Poder Executivo aos Autógrafos de Lei 54 e 55/2012, que determinam o aumento dos subsídios do prefeito, vice, secretários e vereadores.
Os novos valores são referentes ao mandato de 2013 até 2016.
A votação gerou polêmica entre os parlamentares.
A bancada de oposição defendeu o reajuste e rebateu a declaração do chefe do Executivo de que é imoral. Cancelar cirurgias marcadas depois das eleições. Isso é imoral. Pagar mais de R$ 50 mil por mês para uma assessoria medir a travessia da BR-163 e R$ 35 mil para fazer uma rotatória. Isso é moral prefeito? Repassar em torno de R$ 5,5 milhões por ano para a Cooper Líder e os servidores ganharem R$ 400 por mês. Isso é imoral, desabafou o vereador Polesello (PTB).
Vereadores que trabalham de forma honesta e respeitando as necessidades da população precisam ser bem remunerados sim. É um salário justo, completou Elias Maciel (PSD).
A presidente da Câmara, Prof. Marisa Netto (PSD) reafirmou que os reajustes estão previstos em lei e que os cálculos foram baseados na remuneração dos deputados estaduais. Os subsídios devem ser alterados a cada quatro anos e é de nossa competência. Fizemos tudo dentro da legalidade. Se deixássemos para votar após o pleito não seria uma avaliação imparcial, frisou.
Em suas falas, os vereadores que votaram para derrubada do veto deixaram claro que, aqueles legisladores, gestores e secretários que julgarem o valor irregular, podem doar seus subsídios. Aquele que não achar justo que devolva seu salário para a Câmara. Não fizemos nada escondido e respeitamos a convicção de cada um, mas precisamos ter coerência, disse o vereador Luis Fábio Marchioro (PDT), lamentando a mudança de opinião dos vereadores de situação que eram contrários ao veto e votaram pela sua manutenção.
LEGALIDADE - Os parlamentares municipais podem receber entre 20% a 75% dos valores pagos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O pagamento mensal aos vereadores também é determinado conforme o número de habitantes. Nos municípios entre 50 a cem mil habitantes o subsídio aos parlamentares pode chegar até R$ 8.016,90.