O empresário Mauro Mendes (PSB), candidato a prefeito em Cuiabá, afirma que respeita a presença do ex-presidente Lula em Cuiabá, mas que o ato feito pelo adversário não significa obrigatoriamente conversão de voto. O ex-presidente fez ato-comício em Cuiabá na noite desta quarta-feira na Praça das Bandeiras para apoiar e pedir voto ao médico Lúdio Cabral (PT).

"Eu respeito muito o ex-presidente Lula, todos nós brasileiros, mas imagino que essa visita dele, que é bem-vinda a Cuiabá, vá se esperar de ter capacidade de alterar a cabeça do eleitor. Principalmente daquele que decidiu votar para nós. Ou até mesmo os indecisos", respondeu quando perguntado sobre impacto da visita de Lula sobre aqueles que não decidiram o voto.

Lula causa comoção e ‘provoca’ adversário: governar não é como administrar empresa

Ele completou que não é nenhuma novidade a ligação Lúdio e Lula, por que "todo mundo já sabe, foi exaustivamente colocado na TV, que o ex-presidente Lula apóia o candidato do partido. É natural isso".

Porém, Mauro tratou de repetir a desconstrução do discurso de alinhamento, onde nas últimas duas semanas ele tem veiculado imagens e discurso do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, de que não destina recursos aos municípios com o critério partidário ou aliado.

"O próprio ex-presidente Lula já disse na televisão para todo mundo ver e com todas as letras, que não importa a camisa do partido, se é do partido A ou partido B, se ele é católico ou se é evangélico", reafirma discurso dito por Lula. "A presidente Dilma veio e corroborou isso. O que vale é a competência".

As imagens e discurso foram colocadas para rebater a tese do alinhamento defendido pela campanha de Lúdio, segundo a qual governos municipal, estadual e federal em sintonia têm capacidade de trazer mais recursos para a Cuiabá.

O concorrente considera natural o líder maior petista apoiar seu adversário, assim com o presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco Eduardo Campos pediu voto e apoiou ele na semana passada em comício em Cuiabá.
"Portanto, é normal, faz parte do partido pedir voto, assim como o Eduardo Campos veio aqui, é natural que os aprtidos coligados nacionalemnte se enfrentem na eleição e depois da eleição trabalharem para a população".

A blindagem e presença de fortes lideranças dos dois candidatos que disputam o segundo turno foi uma constante nos últimos dias. Nesta semana, por exemplo, o jogador e deputado federal Romário Faria (PSB-RJ) pediu voto para Mauro na terça-feira, mesmo dia em que o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), participou de um comício no bairro D. Aquino em Cuiabá.