A decisão do senador Alfredo Nascimento e do deputado federal Valdemar da Costa Neto de realizar na surdina uma convenção nacional do Partido da República (PR), entre o primeiro e segundo turno das eleições municipais, e de não convocar o senador Blairo Maggi e outros líderes do partido, dá uma espécie de "salvo-conduto" para que o parlamentar mato-grossense deixe a sigla republicana sem perder o mandato.
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A avaliação foi feita pelo deputado federal Homero Pereira (PSD), coordenador da bancada federal de Mato Grosso, ao ressaltar que Blairo Maggi estava, de fato, incomodado com o comportamento dos líderes do PR.
"Eu acredito que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), diante desse comportamento, vai permitir que o Blairo deixe o partido sem desrespeitar a lei da fidelidade partidária. Agora eles (Costa Neto e Alfredo Nascimento) deram um salvo-conduto", vaticina Homero.
Ex-membro da bancada do PR, Homero lembra ainda que o senador Blairo Maggi já vinha sendo "sondado" pelos líderes nacionais do PMDB desde que chegou ao Senado. "Ele [Maggi] só não foi para o PMDB porque não quis, visto que houve convites por parte do partido", destacou o parlamentar em entrevista ao
Olhar Direto.
Uma consulta foi encaminhada ao TSE pelo suplente de Blairo Maggi, José Aparecido dos Santos, Cidinho, para avaliar se o senador pode deixar o PR sem perder o mandato diante da atitude de Alfredo Nascimento e Valdemar da Costa Neto, que foram reconduzidos para os cargos de presidente e secretário geral da agremiação republicana, em convenção realizada após o primeiro turno das eleições municipais.
Além do PMDB, um dos partidos que também flerta com Blairo Maggi para filiação é o PSB, do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, cotado para ser candidato a presidente da República em 2014, na sucessão de Dilma Rousseff (PT), que é candidata à reeleição.
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