Deputados estaduais convocaram o ex-secretário estadual de Administração Geraldo de Vitto Junior e o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Bastos, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de fraudes, rombo e ingerência no plano de saúde dos servidores públicos. Eles serão ouvidos na próxima quarta-feira (27), às 14 horas, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MT Saúde.
Os deputados aprovaram ainda três requerimentos em reunião nesta quarta-feira para que a Secretaria de Fazenda (Sefaz) apresente balancetes de 2003 a 2012 sobre o repasse de recursos do governo ao plano e outros dois da direção do próprio MT Saúde e um que pede a avaliação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre repasses de recursos
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"Aprovamos requerimentos solicitando todos os custos, operações, balancetes de quanto gastou o MT Saúde. Um balancete do MT Saúde, receita, custo operacional, gastos extras. E outro requeirmento para a Sefaz sobre tudo que foi repassado mensalmente do governo", informa o presidente da CPI,deputado Walter Rabelo (PSD).
O relator da comissão, deputado Emanuel Pinheiro (PR), afirmou que o objetivo inicial da CPI é fazer um "levantamento completo sobre receita, despesa, pagamento, ressarcimentos, vida financeira do MT Saúde, desde que foi criado até a presente data". Ele afirma que Yuri foi convocado "por ele ter sido encarregado de missão pelo governador Blairo Maggi para criar o MT Saúde".
Em 18 de abriu, o
Olhar Direto adiantou que o Ministério Público de Mato Grosso (MPE) abriu um inquérito civil (sob número 002714-023/2011) para apurar denúncias de desvio de recursos e cobranças de propina de empresas prestadoras de serviço ao MT Saúde.
A denúncia foi feita ao promotor de justiça Roberto Turim no dia 30 de março de 2012. No inquérito, o representante do MPE questiona os empresários Sidney Storch Dutra e Nirlei Storch Dutra, sócios minoritários da empresa Bom Samaritano, a respeito das denúncias de cobrança de propina, alterações contratuais e reuniões com os mentores do esquema.
Olhar Direto também denunciou que, com base em depoimento sigilosos feitos à sucursal de Brasília, que o governador Silval Barbosa (PMDB) tinham conhecimento, pelo menos desde fevereiro deste ano, de todo o esquema envolvendo cobrança de propina de empresas prestadoras de serviço ao plano de saúde dos servidores públicos de Mato Grosso, o MT Saúde.
No entanto, ao invés de adotar medidas para investigar as denúncias, instaurar um inquérito administrativo e punir os envolvidos, o governador Silval preferiu ignorar os fatos que impedem a recuperação financeira das contas da instituição.
Esta mesma fonte relata que a conversa com o governador aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2012, uma quarta-feira, na semana que antecedeu o carnaval, no Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília.
“Informei e transmiti ao governador todos os detalhes sobre o que está ocorrendo dentro do MT Saúde, de que há cobrança de propina para que empresas prestem serviços e que há pessoas do alto escalão do governo envolvidas neste esquema. Mas até agora eu não vi nenhuma medida do governador para investigar estes fatos nem procurar os responsáveis. Posso garantir que ele foi informado de tudo em fevereiro deste ano”, revelou.
Atualizada às 19h25.
