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Segunda-feira, 24 de junho de 2024

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Dúvida do dinheiro

Auditoria identifica irregularidade e má gestão de recurso do MT Saúde

Foto: Olhar Direto

Auditoria identifica irregularidade e má gestão de recurso do MT Saúde
Uma auditoria contratada pelo Fórum Sindical de Mato Grosso identifica que os responsáveis pelo plano de saúde dos servidores (MT Saúde) cometeram má gestão e irregularidades na autarquia quanto à utilização de recursos e administradoras da autarquia. A reportagem do Olhar Direto teve acesso ao documento, contratado pelo grupo de sindicatos que pressionam o governo para resolver a questão.


“Apesar de a empresa SSAB (Saúde Samaritano) ter demonstrado por meio dos documentos apresentados, e ainda na fase de contratação, incapacidade técnica, econômico-financeira e operacional para operar um plano da envergadura do MT Saúde, a autarquia efetivou a contratação, contrariando todas as regras legais”, consta em uma das 11 conclusões da auditoria.

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“Mesmo após a SSAB mostrar sinais de que não seria capaz de cumprir com o objeto do contrato, o MT Saúde atestou os pagamentos para a empresa”, diz conclusão seguinte do documento assinado pela auditoria. “Os pagamentos das faturas emitidas pela SSAB foram atestados sem cumprir às regras legais de fiscalização do contrato”, segue.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa investiga receitas e despesas do plano, balanços e balancetes.

Em outro trecho, a auditoria demonstrava outras falhas. “Quando o MT Saúde contratou a nova empresa (Saúde Samaritano) para administrar o plano, em outubro de 2011, não havia quitado todos os seus débitos com a rede, ou seja, iniciou uma mudança operacional drástica em um momento de desequilíbrio financeiro, o que demonstra que não houve planejamento prévio”.

A auditoria ainda demonstra que entre abril e julho de 2011 houve menor repasse do tesouro estadual ao plano e de modo simultâneo a direção do MT Saúde mais deixou de pagar os prestadores de serviços médicos. Ao adiar pagamentos foi criada um saldo na rede credenciada a pagar (hospitais, clínicas e laboratórios prestadores de serviço).

“A situação se agravou a partir de setembro de 2011, quando o MT Saúde rescindiu o contrato com a Connectmed CRC, administradora do plano na época, e contratou, em outubro, a empresa SSAB – Saúde Samaritano”. O contrato de R$ 56,657 milhões .previa que a SSAB administrasse o plano, assumisse risco operacionais e pagasse a rede credenciada.

O Fórum Sindical é espaço deliberativo e de reivindicação de 11 categorias de servidores estaduais.

Contrato e dinheiro

Em mais um trecho, a auditoria demonstra que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) encontrou irregularidades no que diz respeito à gestão do MT Saúde, conforme o processo 4556-0/2012. “Tanto o processo de rescisão do contrato com a Connectmed CRC quanto à contratação das empresas SSAB- Saúde Samaritano e Open Saúde contêm irregularidades”.

O argumento é de que “o relatório também aponta que as duas últimas empresas contratadas não executaram o objeto dos contratos 006/2011 MT Saúde, 002/2011 MT Saúde e 003/2011 MT Saúde.

Ainda de acordo com a auditoria, o valor total do contrato 006/2011 firmado com a SSAB – Saúde Samaritano previa pagamento em seis meses de R$ 56,657 milhões. Mas, desse valor, foi pago pelo MT Saúde à empresa R$ 21,353 milhões. “Na hipótese da empresa ter prestado serviços, o que tudo indica não ocorreu, o MT Saúde deixou de pagar para SSAB o valor de R$ 35,303 milhões”.

Uma das conclusões da auditoria mostra ainda que as contas de 2010 da autarquia “estavam equilibradas”.No exercício de 2011, a auditoria descreve equilíbrio de receita do plano, pois “a autarquia recebeu R$ 126.798.064,09 e gastou R$ 125.974.581,47, o que nos leva a concluir que ocorreu uma sobra no valor de R$ 823.482,60”.

“Em 2011, instaurou-se na autarquia um processo de acúmulo de faturas a pagar para a rede credenciada; pode-se afirmar isso porque identificamos pagamentos para a rede credenciada no período de outubro de 2011 a abril de 2012, referente à prestação de serviços realizados até setembro de 2011”, descreve uma das conclusões.

A reportagem falou com o secretário de Administração, César Zílio, sobre a situação do MT Saúde.
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