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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Agronegócios

Conab diz que produção de cana deve aumentar em 2013

A retomada dos investimentos das usinas na renovação dos canaviais e a expansão da área cultivada devem favorecer o aumento da produção de cana-de-açúcar no próximo ano. A previsão é do diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Caldas, que considera prematuro arriscar números em relação ao volume de cana que será processado na próxima safra.


Os dados do terceiro levantamento da safra de cana-de-açúcar 2012/13, divulgados nesta quarta pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostram que a produtividade média dos canaviais cresceu 4,2% para 69.846 quilos por hectare, ante os 67.060 quilos registrados na safra passada. A área cultivada de cana aumentou 2% para 8,52 milhões de hectares.

O diretor de Política Agrícola e Informação da Conab, Silvio Porto, afirmou que as usinas comunicaram que 70% da área de expansão da cana ocorreu sobre pastagens e o restante sobre lavouras como soja, milho e laranja. A Conab observa que a falta de investimentos na ampliação e construção de novas unidades limitam o crescimento da área cultivada.

Cid Caldas afirmou, ainda, que a ausência de investimentos em novas unidades de produção de açúcar e álcool por enquanto não é preocupante, porque existe uma capacidade ociosa nas indústrias para processamento de 150 mil toneladas. Ele observa que a situação pode se complicar caso no próximo ano não sejam anunciados novos projetos, que levam de três a quatro anos para entrar em produção.

O levantamento da Conab confirma que as usinas estão priorizando a produção de açúcar, em virtude da melhor rentabilidade em relação ao etanol. A produção de açúcar cresceu 6,2% para 595,1 milhões de toneladas, com aumento de 8,2% no Centro-Sul (para 535,4 milhões de toneladas) e queda de 7,7% na região Nordeste (para 59,7 milhões de toneladas). A Conab estima que a produtividade dos canaviais no Nordeste caiu 10,4% em relação à safra passada.

Caldas explicou que a queda da safra no Nordeste se deve à forte seca que castiga a região e que o impacto na disponibilidade de cana é pequeno porque a região tem uma participação de apenas 10% na produção. Ele afirmou que na próxima semana visitará regiões canavieiras do Nordeste para ver in loco a situação e analisar a possibilidade de adoção de políticas publicas para atender os produtores.

A produção de açúcar prevista pela Conab é de 37,66 milhões de toneladas, volume 4,7% acima do produzido na safra passada. A produção no Centro-Sul cresceu 6,4% para 33,35 milhões de toneladas e no Nordeste recuou 6,5% para 4,32 milhões de toneladas. No caso da produção de etanol a produção nacional caiu 5,2% para 23,6 bilhões de litros, sendo que no Centro-Sul a queda foi de 4,5% (para 21,7 bilhões de litros) e no Nordeste de 12,9% (para 1,88 bilhão de litros). Mesmo com a retração na oferta de etanol, Cid Caldas descarta problemas no abastecimento.

O diretor da Conab, Silvio Porto, observa que esta safra tende a se prolongar em virtude das condições climáticas. A Conab estima que 40 unidades já encerraram a moagem da cana, número bem inferior às 160 que haviam paralisado os trabalhos na mesma época do ano passado. Ele previu que o prolongamento da moagem, por causa das condições climáticas favoráveis ao avanço dos trabalhos, possibilitará às usinas colher parte dos canaviais que, em condições normais, seria colhida a partir de março, o que pode afetar a disponibilidade de matéria-prima para a próxima safra.
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