Em pronunciamento feito pelo senador Pedro Taques (PDT) nesta quinta-feira (07) a respeito do episódio em que universitários foram agredidos por policiais, o parlamentar acusou parcela da Polícia Militar que atuou no caso de ter espancado os alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), censurado o trabalho de jornalistas e impedido o exercício da advocacia de profissionais do Direito, quando da prisão de dois advogados.

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“Falo pela liderança do meu partido que tem longa história na defesa dos direitos do cidadão e contra a ditadura. Ontem em Cuiabá capital do estado de Mato Grosso, houve manifestação de estudantes da universidade federal que estavam exercendo direto individual e coletivo”, iniciou o parlamentar.

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Após explicar o episódio que mobilizou a opinião pública do estado, criticou a reitora, a quem chamou de magnífica m tom de ironia, por supostamente ter acionado a polícia para reprimir a manifestação. Em nota, a Polícia Militar responsabilizou a reitoria e alguns motoristas por ter entrado em contato com a PM, e pedido para que uma guarnição atendesse a ocorrência.



Seguindo o discurso, Taques disse que “a PM exorbitou suas ações, exorbitou na sua atuação; e senhora presidente [senadora Ana Amélia Lemos (PP), que no momento presidia a sessão] eu seria o ultimo a falar mal da centenária Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), eu devo minha vida a PM, e semana passada fiz referência a isso, eu e minha família ficamos 6 anos sob escolta e proteção da Polícia Militar, mas não tenho compromisso com o erro”.

O senador destacou o viés ordeira da polícia mato-grossense, ressaltou o bom trabalho efetuado pela corporação mas asseverou que uma polícia humanizada não pode fazer uso de material bélico, mesmo o não letal. “A polícia não pode atirar com bala de borracha, a polícia tem que ser cidadã. Cidadão não é inimigo. E a polícia foi signo de repressão física e ideológica na época da ditadura, não pode mais se comportar reprimindo o cidadão que está exercendo seu direito”.

Ao final de sue discurso, observou o cerceamento do trabalho de jornalistas, que foram ameaçados pelos policiais que participaram da ação desastrosa, e o ataque aos advogados, ‘imprescindíveis para administração da Justiça’. “Esta parcela da PM não agiu de acordo com a constituição, que garante o direito fundamental a manifestação”, argumentou Taques.

Veja abaixo nota de repúdio do diretório estadual do PDT

Nota de Repúdio

O Diretório Estadual do PDT vem a público para manifestar seu repúdio veemente ao episódio ocorrido na tarde desta quarta-feira, dia 06 de março, quando a Polícia Militar de Mato Grosso entrou em confronto com os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso que protestavam contra o fechamento de moradias universitárias.

Durante o episódio, membros da Juventude do PDT foram feridos. Um deles é o jovem Caiubi Kuhn, com o qual temos trabalhado para a implantação da Casa Estadual do Estudante.

As cenas protagonizadas nesta quarta-feira são inaceitáveis, sobretudo tendo em vista o princípio de que a liberdade de expressão é um direito constitucional.

Aos jovens do PDT e de toda a comunidade acadêmica da UFMT - que necessitam da Casa do Estudante para estudar - toda a nossa solidariedade.

À Polícia Militar de Mato Grosso, o nosso respeito, pois não quero e não devemos generalizar. A instituição não pode pagar pelo despreparo de alguns.

E ao governador Silval Barbosa, fica a solicitação de que este fato seja apurado com seriedade e celeridade.

deputado estadual Zeca Viana

Presidente do Diretório Regional do PDT