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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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Discussão sobre lei da pesca ganha trégua e "bomba" fica com Cepesca

Foto: Reprodução

Pescador ribeirinho praticando a atividade no Rio Cuiabá - MT

Pescador ribeirinho praticando a atividade no Rio Cuiabá - MT

A polêmica em torno das alterações efetuadas no texto da Lei da Pesca parecem ter se encerrado, pelo menos por enquanto. Votada e aprovada em duas sessões, as controversas mudanças a respeito da liberação da pesca com anzol de galho e as medidas para captura de três espécies – pintado, cachara e dourado, podem ter dado uma trégua durante os 60 dias de prazo que os deputados estaduais deram ao Conselho de Pesca (Cepesca) da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), para que a entidade literalmente ‘se vire’ e resolve o problema.


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O deputado Domingos Fraga (DEM) falou à imprensa sobre o novo texto aprovado pela Assembleia Legislativa. “A alteração leva em conta, em primeiro lugar, o pescador. Consideramos, após uma votação definitiva, que o pescador é o mais importante, porque no final das contas é da vida deles que estamos falando; pensamos na pesca sob o ponto de vista de uma atividade econômica sustentável, que não agrida o meio ambiente, mas que também não prive o pescador de seu sustento”.

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A vereadora por Poconé, Ornela Proença Falcão, acredita que primeiro o governo deve criar o Cepesca de direito. “Hoje ele só existe de fato, mas é urgente a necessidade de regularizar a pesca no estado, ter um conselho que responda pela atividade”. Segundo Ornela, só no município de Barão de Melgaço mais de dois mil cidadãos e duas famílias vivem diretamente do labor.

A vereadora aponta para a necessidade de criação de alguma outra atividade que substituísse a pesca, caso se chegasse a conclusão de que a pesca, do modo como está sendo executada, é predatória e prejudicial à fauna e flora. “Quer cortar a pesca? Tudo bem, mas criemos antes então outra atividade para sustentar estas famílias, é preciso dar-lhes uma alternativa, ou vamos esperar que estas pessoas migrem para as cidades e formem bolsões de pobreza, novas favelas?”.

O pescador Jesus Marcos dos Anjos, que exerce a função há 50 anos no município de Rondonópolis, disse que navega pelo Rio Vermelho desde que a cidade era um povoado de pescadores, e afirma que quem agride o meio ambiente e acaba com os peixes são as hidrelétricas.

“Esse povo ta brincando com nossa ‘cara’, dizendo que somos [a gente] que prejudicamos a natureza; as hidrelétricas assoreiam os rios, veja o caso do São Lourenço, que hoje você não consegue navegar nem de canoa; outro problema são os turistas, que além de usar os espinhéis matam os bichos de pêlos, derrubam tudo que é árvore para construir aqueles ‘casões’”.
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