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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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dia internacional da mulher

Índias xavantes fazem protesto pedindo mais apoio a saúde indígena

As índias xavantes, pela primeira vez, lideram uma manifestação fora da aldeia e pedindo mais atenção a saúde indígena. Elas reclamam que não tem carro para transportá-las para cidade quando estão grávidas e algumas chegam a perder o bebê ou até mesmo a morrer. "Nós queremos mais carinho também", diz Izabel.

Foto: Olhar Direto

As índias querem mais atenção para evitar a morte de crianças no parto nas aldeias

As índias querem mais atenção para evitar a morte de crianças no parto nas aldeias

Mulheres xavantes fizeram na manhã de sexta-feira (8) um protesto pedindo mais atenção à saúde indígena no Vale do Araguaia principalmente com relação às mulheres que comemoram hoje o Dia Internacional da Mulher. A índia Izabel Reamo, 50 anos, da aldeia Imaculada Conceição, abraçada com um caixão, liderou o movimento enfrente ao distrito de saúde de Barra do Garças (DSEI). 


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Ela explicou que as índias quando ficam grávidas enfrentam dificuldade para fazer exames e acompanhamento de pré-natal muitas das vezes não tem carro para trazer a índia até a cidade para ser atendida por médicos. “Quando demora acontece de morrer a mulher ou bebê no parto”, diz a índia.

Izabel pediu mais empenho do tratamento fora do domicilio (TFD) e especialidades que os índios também têm dificuldade para conseguir. Sobre doenças sexualmente transmissíveis, Izabel disse que só dois casos foram detectados nas aldeias xavantes em mulheres.

As faixas e cartazes serviram para reforçar a manifestação das índias xavantes que depois dançaram e cantaram enfrente a unidade. O protesto pacífico foi acompanhado por caciques xavantes e funcionários do DSEI com respeito e admiração. É a primeira vez que as mulheres da aldeia realizam um evento sozinhas sem a participação dos homens.

Hoje existem mais de doze mil índios xavantes no Vale do Araguaia e mais de sete mil são mulheres. Por isso a preocupação delas em ter mais atendimento na saúde. O cacique da aldeia Nossa Senhora Aparecida e representante de nove terras indígenas, Domingos T’suime Abhoodi, considerou justa a manifestação das mulheres xavantes e disse que os homens apoiando as reivindicação. Segundo ele, existe uma dificuldade de transporte nas aldeias quando alguém passa mal e com relação às gestantes essa preocupação é maior, pois existe o risco de perder o bebê.
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