Olhar Direto

Domingo, 16 de junho de 2024

Notícias | Cidades

Lixo nas ruas

Empresa que recebe resíduo de construção civil nega serviço em Cuiabá

Foto: Reprodução/Ilustração

Empresa que recebe resíduo de construção civil nega serviço em Cuiabá
Mais de 4 mil caçambas com resíduos de construção civil e volumosos estão nas ruas de Cuiabá aguardando destinação para o único ponto de descarte no município. Localizado na rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), próximo à escola Fundação Bradesco, a empresa não quer receber os materiais das pessoas físicas que hoje gera 80% dos detritos da capital.


Coleta de lixo está atrasada em alguns bairros da capital de Mato Grosso
Fiscalização e multas para mudar hábito da população quanto ao lixo

Na tarde desta segunda-feira (18), cerca de 40 caminhões carregados de resíduos aguardavam na fila para serem descarregados, porém a empresa responsável pelo recebimento, a Eco Ambiental, não quer aceitar o material sem antes receber o pagamento.

Em decorrência da chuva que caiu nesta tarde, os transportadores desistiram de fazer o descarte e retornarão amanhã (19). Caso a empresa não aceite, os transportadores ameaçam uma paralisação dos serviços. Eles também pedem que a prefeitura abra mais pontos de recebimento desses materiais.

De acordo com o presidente da Associação de Locadores de Caçambas Móveis de Cuiabá, Adir Arantes, a empresa que tem a concessão dos serviços, quer que os transportadores pague pelo descarte dos resíduos particulares, no entanto, os transportadores não são os responsáveis pelo produto.

“De acordo com a Lei, quem é o responsável pelo resíduo é quem o gera, , a gente apenas traz os materiais de pessoas jurídicas [empresas] e de particulares [residências], mas a Eco Ambiental não quer receber o material das residências e quer que as transportadoras paguem, mas essa não é a nossa função”, explicou o presidente.

Lixo nas ruas

Atualmente, existem em Cuiabá 85 caminhões que fazem o transporte dos resíduos da construção civil e volumosos, esse último inclui matérias de jardinagens, latas e sofás velhos. Porém, a empresa recusa-se a receber os materiais volumosos e querem que as transportadoras confeccionem os boletos de pagamento dos descartes.

Adir, afirma que há 15 dias tenta uma audiência com a prefeitura para relatar o problema, mas não é atendido. “Já tem mais de 15 dias que tentanmos falar com a prefeitura, mas não somos atendidos, se continuar como está, com as caçambas lotadas de resíduos, os materiais produzidos pelas construções dos particulares, que gera 80% dos detritos, começaram a ser depositados nas ruas”, alarmou.

Outro problema levantado pelo presidente da associação é a não liberação de licenças para aterramento dos resíduos considerados “classe A”. “Está na Lei Municipal 4949/2007, que os resíduos de boa qualidade podem ser utilizados como aterros, porém na prática isso não está ocorrendo, a prefeitura não está liberando as licenças para o aterramento desse material, o que obriga que ele seja descartado no único ponto que existe na cidade”, lamentou Adir.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria da prefeitura de Cuiabá, afirmou que a gestora do terreno, a Eco Ambiental, cobra uma taxa para o recebimento do material, o que é normal, e os 'caçambeiros' e a empresa deve entrar em um acordo para resolverem o impasse dos pagamentos.



Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet