Técnicos da Prefeitura de Cuiabá exibiram esta semana um vídeo-documentário do Programa Gumitá(de recuperação de ambiental e reassentamento populacional) e deram início a uma série de reuniões com as famílias que moram no primeiro trecho onde estão sendo executadas as obras da rede de água pluvial do Programa Gumitá(de recuperação de ambiental e reassentamento populacional) , que compreende as Avenidas Rubens de Mendonça(do CPA) e Brasil, no bairro Centro América.

Através desse vídeo, a Prefeitura detalhou o traçado do programa e mostrou as condições precárias e insalubres que vivem quem mora às margens do córrego Gumitá, a área onde será construído o residencial(Jonas Pinheiro) para onde serão transferidos aqueles que tiverem de deixar suas atuais moradias, além de depoimentos de pessoas que aguardam ansiosas pela mudança para o novo bairro.

Durante esta semana, divididas em grupo de 35, as famílias estão sendo recebidas na Escola Octayde Jorge, no bairro Tancredo Neves, a partir das 18hs. Nesse local, recebem informações sobre a documentação necessária para o encaminhamento do procedimento de desapropriação que lhes dará direito à indenização se tiver que deixar ou parte do imóvel atingido pela Avenida Parque que será construída ao longo das margens do Córrego Gumitá. Além disso, podem pedir orientação de procuradores municipais e advogados da empresa que presta assessoria jurídica ao programa. Na reunião, a procuradora municipal de Assuntos Fundiários, Risolina Amaral, informou sobre a documentação necessária e tranqüilizou as famílias dizendo que cada imóvel será avaliado individualmente e a indenização será justa, de acordo com aquilo que for levantado.

O processo de atendimento das famílias não se limita as essas reuniões. Na sede da igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro Centro América, a Prefeitura montou um escritório de apoio. A coordenadora da Unidade Executora do Programa(UEP), engenheira Zuila Miranda, explicou que da reunião na escola a família sai com um ofício com a lista de documento e agenda para comparecer ao escritório.

Nas reuniões e no escritórios as famílias contam com o suporte de assistentes sociais, advogados, técnicos da prefeitura e estão em contato direto com os presidente do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano(IPDU) arquiteta e coordenadora do programa Adriana Bussiki Santos, e da Agência Municipal de Habitação, advogado João Emanuel Lima, o secretário-adjunto de Infra-Estrutura, Quidauguro Fonseca, e a coordenadora da UEP, engenheira Zuila Miranda.

O presidente da Associação de Moradores do bairro Tancredo Neves, João Andrade, disse que acompanha de perto o andamento do programa e pode atestar o desejo dos moradores de mudar deixar as moradias às margens do córrego. “Acreditamos que vai melhorar para todos, para quem tiver que sair e para quem vai ficar”, destacou Andrade.

PROJETO GUMITÁ

Esse programa prevê a recuperação das áreas degradadas do Vale do Córrego Gumitá e a revitalização do entorno, abrangendo pontos importantes da cidade, que vão da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), passando pelos bairros Centro América, Tancredo Neves, Vila Rosa, Novo Mato Grosso, Três Lagoas, Novo Horizonte e Planalto, construção de uma avenida parque e o reassentamento das famílias que vivem em áreas de preservação e condições de riscos e insalubres.

A Avenida Parque planejada será construída nas duas margens do córrego. Além de preservar o que a legislação ambiental determina, ou seja, 30 metros de cada margem de Área de Preservação Permanente(APP), oferecerá à população cuiabana pistas de ciclismo e caminhada, playground, pontos de descanso com bancos sob árvores, sinalização ambiental e outros serviços.