Médicos alertam para o aumento no número de pessoas que fazem uso de medicamento restritos de maneira indevida para "turbinar" o funcionamento do cérebro.
O estudante Rafael Marshall tem fama de "desligado". Por isso, mesmo sem um diagnóstico de déficit de atenção, experimentou o medicamento ritalina.
"Como teste, eu usei um pouco antes de jogar bola e vi que, porque é um esporte de concentração, de percepção, ajuda", diz.
O laboratório Novartis, que produz a ritalina, repudia o uso indevido do remédio e recomenda que ele só deve ser tomado de acordo com as indicações da bula e com prescrição médica.
A Ritalina é feita a base de metilfenidato, uma substância estimulante prescrita para pessoas com distúrbio de atenção. O medicamento ajuda a aumentar os níveis de concentração. A quantidade de pessoas sem problemas neurológicos ou psiquiátricos que procuram a droga para "turbinar" o cérebro é impressionante, segundo especialistas.
"Elas querem ser melhores ainda no ponto de vista competitivo, junto dos seus objetivos de concurso, de trabalho em que estão envolvidas", diz o neurologista Ricardo Teixeira Afonso.