Diferente da organização que se via antigamente, o novo Clube Esportivo Operário Várzea-grandense voltou aos trabalhos na tarde desta quinta-feira, no Estádio Dito Souza, com o intuito principal de levar a segunda maior equipe de Mato Grosso de volta à primeira divisão do Campeonato Estadual. A diretoria apresentou duas armas fortíssimas para o trabalho de acesso. Paulo Henrique e Marcley, ex-atacantes do Mixto Esporte Clube.
Para Várzea Grande, Operário sempre foi muito mais do que ‘A Alma Alegre de Um Povo’
Vereadores querem participar da volta do Operário Futebol Clube
A chegada dos jogadores ao gramado do acanhado estádio do bairro Cristo Rei foi coisa de time grande de Campeonato Brasileiro. Ônibus de primeira linha, uniforme para todos os atletas que concentraram desde a manhã de hoje em um hotel da cidade, fogos para parabenizar o time na volta e torcida organizada. Tudo isso marcou a volta do time que será comandado por Eder Taques neste certame da Segunda Divisão Estadual.
A chegada inesperada de Paulo Henrique e Marcley causou alvoroço no treino, entre os torcedores. O artilheiro do Mixto, que estava nos braços da torcida alvinegra, Paulo Henrique disse que é normal um jogador trocar de time quando a regularização do salário em outra equipe não está certa. “Quando um trabalho está indo bem todo mundo apoia, acredita e parabeniza. Mas ninguém sabe que o salário tava atrasado no Mixto e até hoje não falaram nada sobre a meu futuro no time. Como eu ia ficar? Tenho família e preciso de dinheiro, todo ser humano precisa. Agora estamos aqui e os planos são todos para subir o Operário”, disse o ex centroavante mixtense.
Marcley acompanha o companheiro de ataque e ainda diz que teve outra proposta de São Paulo, mas o Operário propôs algo melhor. “O Operário propôs algo melhor e eu vou continuar aqui. Espero que entendam que a questão financeira hoje movimenta o mundo, não só comercial como o da bola e agora sou operariano e vou defender as cores do tricolor e com certeza vamos subir. A única coisa que mudou foi a cidade. A garra e a vontade que todos conhecem do Marcley continua a mesma”, relatou o jogador que em um possível encontro entre Mixto e Operário num futuro próximo ele vai fazer de conta que a torcida é para ele. “Vou fazer gol. Sempre em prol de quem está me pagando. Hoje meus gols são para o Operário”, provocou o Jogador.
O treinador Eder Taques começa o trabalho confiante. Segundo o técnico tricolor o elenco está muito focado para trazer o time de volta a elite. “Vim para o Operário pronto para a batalha, e sei que vamos vencer isso. O Operário é muito grande e vamos mostrar isso para todo Mato Grosso. Fazendo literalmente esse time ser a alma alegre do povo”, vaticinou o treinador.
O elenco se apresentou com 19 jogadores. Sendo a maioria pertence o Mato Grosso, clube que disputou a primeira divisão e ficou entre os quatro melhores da competição. Nomes como do goleiro Heverton Perereca, Buiu, Robinho, Lê, Marcelo Caixa D’água e Adriano Paraná encabeçam a lista. De acordo com o presidente do time, Cesar Gaúcho, em Várzea Grande só existe um Operário.
“Quem inventou o outro Operário não tem noção do que realmente é esse time, essa torcida, essa bandeira. Perguntamos pra muita gente nessa cidade sobre qual time eles torciam, e todos, sem exceção responderam Clube Esportivo Operário de Várzea Grande e por isso reativamos”, contou o presidente que ainda chamou o xará de segunda opção. “O outro time é genérico. Segunda opção só existe se um não está na briga e nós estamos”.
O chicote maravilha da fronteira estreia no campeonato no dia 8 de junho contra o time do Brasil Central. De acordo com a comissão técnica, o time já está praticamente montado. “Só estamos esperando começar os jogos. Nós vamos pra cima do adversário”, disse Gerson Lopes, auxiliar técnico de Tauqes.
