O governador Silval Barbosa (PMDB) assegura que confia no cumprimento do contrato da Construtora CR Almeida para que o VLT esteja pronto para a Copa do Pantanal Fifa 2014 e evita polemizar com o senador Blairo Maggi (PR), seu principal aliado político.
Maggi tem certeza de que VLT não ficará pronto para a Copa
“Existe um contrato assinado pelo governo de Mato Grosso com uma das construtoras mais respeitadas do Brasil e do mundo, a CR Almeida. E o contrato determina maio de 2014. Então, devo confiar que o VLT estará funcionando na Copa”, disse Silval, sem entrar no mérito da análise de Maggi.
Horas antes do contraponto de Barbosa, Maggi havia afirmado, em entrevista coletiva à imprensa, que confia na conclusão de todas as obras de mobilidade urbana para a Copa do Pantanal, inclusive as trincheiras e viadutos, menos no que tange ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
“Eu conheço um pouco de engenharia. Depois de pronta a instalação – dos dormentes – o projeto terá passar por diversos testes, treinamento e capacitação de pessoal, entre outras exigências”, disse Maggi, buscando explicações técnicas para tirar a conotação política.
Responsável pela conquista da Copa do Pantanal para Cuiabá, em 2009, Maggi advertiu que, se fosse governador, não mudaria o modal de Bus Rapid Transit (BRT) para VLT. “Fica muito ‘em cima da hora’, sem tempo para fazer o melhor. Eu estou dizendo que o VLT vai ficar pronto, sim, mas não para a Copa. E vai atender a toda população por muito anos”, pontua.
Silval contrapõe, argumentando que, quando começar a instalar os trilhos, serão quase sete quilômetros por mês, devendo ficar pronto em pouco mais de três meses. “A instalação dos trilhos é rápida. E a infraestrutura do entorno para funcionamento deste modal também estará completa”, afirma ele.
Para o governador, o contexto das declarações de Maggi – uma coletiva para negar candidatura para o Palácio Paiaguás – pode ter influenciado na avaliação. “Blairo Maggi foi o maior responsável pela vinda da Copa para Cuiabá e tem envergadura para fazer qualquer tipo de análise sem ser admoestado”, resume Barbosa.
