Dez detentos apontados como líderes de uma rebelião na cadeia de Barra do Garças, no leste de Mato Grosso, foram transferidos para penitenciária Mata Grande, em Rondonópolis, como punição. Encabeçando a lista dos transferidos, está o preso Elizeu Marinho Lopes, que alega que foi agredido por um agente prisional. Fato este que não foi confirmado pela direção da cadeia.
Cadeia de Barra segue interditada e presos são recambiados para Água Boa
Os demais transferidos, foram: Eliomar Martins Santos, Mario Edmilson Amorim, Elielmo Elias Russien, Renato Silva Gomes, Andre Luis de Jesus, Wagner Nobre de Castro, Tande Marcondes Oliveira da Silva, Juraci Eduardo Rios dos Santos e Rodrigo de Abreu.
A rebelião de terça-feira (28) durou em torno de 3 horas e somente parou após intervenção da Polícia Militar (PM) que teve que usar spray de pimenta para conter os amotinados que se recusavam a voltar para as celas. Os detentos jogaram colchões e utensílios no meio do pátio e atearam fogo. A todo instante, eles batiam nas grades das celas e pediam a presença de representante do Ministério Público.
O diretor da cadeia, Rafael Moura, nega qualquer agressão por parte dos agentes prisionais, porém prometeu apurar o fato. Quatro agentes prisionais registraram queixa por terem sido ameaçados durante o motim por alguns detentos. A cadeia de Barra enfrenta uma superlotação. Construída para 65 presos, a unidade prisional de Barra tem 91 detentos e já chegou a ter o número recorde de 151 presidiários.
Um albergado reclamou que mesmo chegando no horário estipulado foi impedido de entrar para cela do albergue por um agente prisional no dia 14/05 cujo fato foi levado ao conhecimento do Ministério Público.