O deputado estadual Alexandre César (PT) considera a aprovação do Projeto de Lei conhecido como “Cura Gay” na Comissão de Direitos Humanos da Câmara como um retrocesso medieval, visto que a organizções de saúde não consideram a homossexualidade uma doença. Do outro lado, o também parlamentar estadual Sebastião Rezende (PR), defende a liberdade de uma pessoa optar pelo tratamento.

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Alexandre e Resende protagonizam lados opostos dentro da Assembleia Legislativa. Enquanto o petista defende os direitos dos homossexuais e é autor de um Projeto de Lei contra a Homofobia, enquanto o republicano representa parte do segmento religioso e é autor de várias emendas para abrandar as punições ou proibições.

“Não tenho um opinião formada se isso é uma doença ou não. O que eu entendo é que a pessoa deve ter a liberdade de escolher. Se ela entende que está doente e precisa ser tratada, ela poderia ter a liberdade para decidir”, afirmou Sebastião Resende.

Já Alexandre César lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) há anos excluiu a hipótese de a orientação sexual ser uma doença. “A OMS já excluiu o ‘homossexualismo’ do rol de doenças. Portanto, baseado nas organizações de saúde que me parecem ter legitimidade, isso é um retrocesso moral e religioso”, disse o petista.

Para ele, o Brasil vive um momento de paradoxo, no qual existem grandes avanços em alguns pontos, e atrasos em outros. “E essa discussão (da “cura gay”) é medieval”, respondeu, após dar um pequeno sorriso de indignação.

O projeto, apelidado de “cura gay”, foi apresentado há dois anos, e estava praticamente parado. Agora, ainda precisa passar por outras duas comissões da Câmara. Se aprovado, segue para votação no plenário.