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Domingo, 28 de abril de 2024

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OUVIDOS AGUÇADOS

Maioria dos deputados de MT considera manifestação popular legitima e não se sente atingido

Foto: Fablicio Rodrigues/ALMT

Maioria dos deputados estaduais não se sente atingida. A leitura média é de que “a voz das ruas” possui portas abertas

Maioria dos deputados estaduais não se sente atingida. A leitura média é de que “a voz das ruas” possui portas abertas

Embora a classe política seja o principal alvo das manifestações populares que ocorrem no Brasil e, agora também em Mato Grosso, a maioria dos deputados estaduais não se sente atingida. A leitura média é de que “a voz das ruas” possui portas abertas, na Assembleia Legislativa, cujo slogan é ‘Casa Cidadã’. Dos oito parlamentares ouvidos pela reportagemdo Olhar Direto, nesta quinta-feira (20/06), apenas dois consideraram ser arriscado receber os manifestantes, no Edifício Dante Martins de Oliveira.


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O presidente em exercício da Assembleia, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), havia declarado que estava previsto expediente normal. Todavia, a reportagem do Olhar Direto apurou que por volta das 14h50 menos de 30% dos servidores continuavam trabalhando, na sede do Poder Legislativo.

Oriundo do segmento evangélico, o deputado Sebastião Resende (PR) afirma que sempre pautou sua atuação na vida pública pelo trabalho em busca de melhoria na qualidade de vida e pela ética. “Temos que entender que a manifestação é livre e que busca qualidade de vida. O cidadão deseja ter uma UTI e não ver mais perda de milhões de reais em medicamentos vencidos”, pondera Resende.

Para o deputado estadual Ezequiel Fonseca (PSD), cuja gênese está no movimento estudantil, afirma que o recado é claro: o povo deseja mudanças no modelo político-administrativo vigente. “É necessário ouvir com parcimônia o barulho das ruas. É legítima a cobrança de qualidade no transporte coletivo e na saúde, assim como melhoria na segurança pública”, aponta ele.

Ezequiel Fonseca lembra que, desde fevereiro, na região Oeste de Mato Grosso, as rodovias estaduais estão sendo fechadas por causa das condições precárias. Além disso, existe caso de assentamento que não possui sequer água tratada.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, assegura ser favorável às manifestações. “É o sagrado direito de reivindicar melhorias. Eu sinto orgulho de ver o povo nas ruas”, avalia ele, sem entrar no mérito da questão de alguns colegas considerarem um risco acompanhar os protestos. “Cada um tem seu estilo. No parlamento, função essencial é debater. E a Assembleia não pode ficar omissa e vejo que Cuiabá está dando uma demonstração de civismo”, afirma Pinheiro.

Os deputados Luiz Marinho Botelho (PTB) e Wagner Ramos (PR) se declararam favoráveis aos protestos. Todavia, consideram um risco recepcionar milhares de pessoas, na Assembleia, num momento de tensão. “Vale lembrar que o Edifício Dante de Oliveira é todo em vidro e que qualquer empurra-empurra, mesmo sem violência, causaria danos ao patrimônio público”, pontua Wagner.

Pelo menos oito parlamentares estão numa reunião fechada, neste momento, na Presidência da Assembleia. 

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