Um fato misterioso para a Polícia e totalmente sem explicações para a família, amigos e vizinhos deixou a população do bairro Real Parque, região do Coxipó, perplexa na noite de quinta-feira (27). Um adolescente de 14 anos, que segundo a família, frequentava igreja, não era usuário de drogas e era integrante de uma família de classe média foi encontrado enforcado em um lençol na área da casa onde vivia com os pais.

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Por volta das 23h50, de quinta-feira, a irmã do jovem chegou em casa e se deparou com o rapaz pendurado em um lençol amarrado no pescoço e próximo do corpo uma panela de pressão, que provavelmente teria servido de degrau para ficar suspenso, segundo informações da Polícia Civil, que registrou a morte.

Os vizinhos do jovem W.C.L, 14, disseram ter sidos pegos de surpresa. Os entrevistados preferiram não se identificar, mas contaram que ele tinha uma relação normal com os vizinhos e dentro de casa. “Era um garoto normal. Brincava e estudava com a gente e hoje nos deparamos com isso. É um caso que nos deixa muito triste”, contou a moradora do bairro.

O primo do W, que estava no velório, que aconteceu na Capela Jardins durante a sexta-feira (29), disse que o motivo para o ato do jovem seria uma briga do jovem com a namorada, que tem apenas 13 anos. “Eles brigaram e depois, na última ligação, ele me parece que chegou a dizer que ela teria o perdido. Esse seria um dos motivos pensados pela família. Fora isso ele jamais teria outro motivo. Ele tem de tudo em casa, é um menino bem criado. Hoje é o pior dia da nossa família”, contou o primo, que também preferiu não se identificar.

Durante o velório, amigos de escola, catequese e curso que o jovem freqüentava, lotaram a Sala dos Lírios na Capela Jardins para se despedir do amigo. O pai e a mãe de W, não conseguiram falar com a imprensa sobre o ato.

A Secretária de Segurança Pública confirma que o Ciosp foi acionado por volta da meia noite e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito do jovem por asfixia. Os peritos que compareceram ao local da ocorrência reclamaram com a família porque a irmã, que foi a primeira a chegar ao local, teria retirado o jovem dos lençóis e o deixado no chão, ou seja, a cena do caso teve mudanças, o que dificulta o trabalho para o Instituto Médico Legal liberar o parecer correto do acontecido.

O corpo de W.L foi enterrado nesta sexta por volta das 16 no Cemitério Bom Jesus de Cuiabá.