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Domingo, 07 de julho de 2024

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ABRAJI REPUDIA

Em todo o Brasil 52 jornalistas foram agredidos durante os dias de manifestações

Foto: Max Aguiar - OD

Em todo o Brasil 52 jornalistas foram agredidos durante os dias de manifestações
Desde o início dos protestos contra o aumento do preço das passagens de ônibus e corrupção no Brasil, mais de 50 profissionais da imprensa foram agredidos, hostilizados ou presos. Levantamento realizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) com informações de sindicatos, redações e da ONG Repórteres Sem Fronteiras, indica pelo menos 53 casos de violação contra 52 jornalistas (o repórter Leandro Machado, da Folha de S.Paulo, foi preso num dia e agredido em outro).


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Das 53 ocorrências levantadas, 34 se referem a agressão, hostilidade ou ameaça por parte da polícia. Outros seis casos são de prisão (por períodos que variam de poucos minutos até três dias - caso do repórter do portal Aprendiz Pedro Ribeiro Nogueira, indiciado por formação de quadrilha). Outras 12 ocorrências foram protagonizadas por manifestantes, e em um dos casos não foi possível identificar o que causou o ferimento a um profissional.

Em Mato Grosso apenas o cinegrafista Kleyton Agostinho foi agredido durante a marcha que reuniu mais de 50 pessoas na Capital. Agostinho teve seu equipamento quebrado e ainda recebeu socos e pontapés para parar de filmar pichações no viaduto do CPA. Além de Leandro, dois casos de roubos foram registrados contra repórteres, em Cuiabá. Profissionais de sites tiveram seus celulares roubados durante o grande primeiro ato, no mesmo dia que o cinegrafista da TV Cuiabá foi espancado.


O levantamento realizado pela Abraji é parcial: há casos que podem não ter sido computados por diversas razões, inclusive quando veículos ou jornalistas preferem não ter suas estatísticas divulgadas.

Foram registrados episódios de agressão em 11 cidades brasileiras. São Paulo foi o local onde houve mais casos – 25, quase a metade do total. Fortaleza vem logo em seguida, com seis casos. O Rio de Janeiro teve cinco. O jornal Folha de S.Paulo foi o veículo com mais vitimas: 7 profissionais, entre repórteres e fotógrafos.

O trabalho dos repórteres de todos os meios que estão nas ruas cumprindo com o dever de manter a sociedade bem informada deve ser respeitado, independentemente de suas preferências políticas e dos meios em que informam. Repórteres cobrem hoje as manifestações com o mesmo profissionalismo e destemor com que cobriram as grandes passeatas contra a ditadura, a campanha das Diretas Já, a campanha pelo impeachment de Fernando Collor.

A Abraji repudia a violência da polícia contra manifestantes pacíficos e jornalistas e repudia igualmente a hostilidade de alguns manifestantes contra os trabalhadores dos meios de comunicação, como repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e motoristas. Impedir ou dificultar o trabalho da imprensa é agir contra a democracia.
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