Católicos e evangélicos se uniram em protesto nesta terça-feira (16), em Brasília, para exigir da presidente Dilma Rousseff os vetos ao projeto de lei complementar (PLC 3/2013) que prevê a realização de aborto a qualquer momento e sem autorização judicial. Pela proposta, basta que a gestante apresente um Boletim de Ocorrência (BO) alegando ser vítima de estupro para que o aborto seja autorizado.
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Deputados João Campos (PSDB-GO), Marcos Feliciano (PSC-SP), entre outros da bancada evangélica na Câmara Federal, defendem o veto total à proposta.
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O movimento católico Pro Vida, responsável por espalhar na campanha eleitoral de 2010 um total de 20 milhões de panfletos acusando Dilma de ser a favor do aborto, organiza o movimento e também quer veto total.
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoia vetos parciais. Representantes da CNBB, da bancada evangélica e do Movimento Provida, presidido pelo Padre Paulo Ricardo, que é de Cuiabá, foram recebidos após o protesto pelo ministro da Secretaria Geral da presidência, Gilberto Carvalho.
Os movimentos e parlamentares alertaram Carvalho que Dilma terá desgaste político se não vetar a proposta. A presidente tem 15 dias úteis para sancionar a lei. Prazo está em curso e terminará logo após a visita do Papa Francisco à Jornada Mundial da Juventude. Desgaste será iminente.