Política nata, Janaína Riva, de 24 anos, diz não ter pretensão de preencher o que ela avalia como ‘vazio’ que ficará com a aposentadoria do pai, o deputado estadual José Riva (PSD), acredita que além do tino político, herdará do pai também sua base eleitoral.

“Não tenho dúvidas que os meus eleitores são os do meu pai. Dizer que eu não carregaria o grupo dele é mentira, mesmo militando no PSD jovem, eu creio que numa eventual candidatura a deputada estadual, os meus eleitores serão os eleitores dele (José Riva). É obvio tem gente não irá votar em mim por me achar muito nova e sem maturidade política, ou por eu ser mulher, mas a maioria dos eleitores dele virá comigo, não tenho dúvida e vou trabalhar pra isso”, disse.

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Eleito pela primeira vez como deputado estadual em 1994, José Riva, há 18 anos se reelegeu em todos os pleitos sempre entre os deputados mais votados de Mato Grosso. Paralelo a isso se alternou também nos cargos de presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa. Atualmente ele está afastado da presidência por ordem judicial. Na última eleição o deputado se reelegeu com 93.594 mil votos pelo seu ex-partido, o PP.

Em entrevista ao Olhar Direto, Janaína revelou que a onda de protestos, a rejeição acerca do seu sobrenome, principalmente em Cuiabá, não a intimida por que sabe do trabalho prestado que seu pai tem. Segundo ela, desde pequena teve que aprender a lidar com apontamentos de pessoas que nem sabem como é a vida de um deputado, mas repetem por que ouviram alguém dizendo.

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“Quando eu era criança um fato me marcou muito. Morávamos num condomínio e dois amiguinhos filhos de um deputado ganharam duas bicicletas novas. Quando eles chegaram com as bicicletas, uma das crianças que não tinha, como que num reflexo disse: essas bicicletas aí são compradas com o dinheiro do meu pai. Eu nunca me esqueci disso, por que se o cara é político parece que vai ser sempre taxado de ladrão, de corrupto, sempre vão dizer ele está gastando dinheiro do povo. Na maior parte das vezes as pessoas replicam aquilo que ouviram, mas não sabem nem porque estão dizendo”, lembrou.