A jovem Eloisa Madalena Ferreira, de 22 anos, que morreu carbonizada dentro de uma casa que pegou fogo nesta segunda-feira de manhã, no bairro Jardim Primavera II, no município de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), pode ter sido vítima de assassinato.
A afirmação é do delegado Marcelo Torhacs, que acompanhou o trabalho do perito Leandro Valendorf, da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) de Sinop. Alguns materiais que estavam próximos ao corpo carbonizado foram levados para análise, junto com o corpo que passa por necropsia dos médicos legistas em Sorriso.
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“Parece-nos que eventualmente pode ter ocorrido um homicídio. Nós vimos alguns vestígios interessantes tanto no corpo bem como nas proximidades, e o fogo seria para descaracterizar a cena do crime. Vamos aguardar as conclusões do médico legista e dos peritos criminais. Se confirmar essa tese, nós teríamos então um homicídio seguido de uma tentativa de ocultação do cadáver”, disse o delegado em entrevista à imprensa luverdense.
O delegado já ouviu o depoimento do marido da vítima, que, por hora, não é tratado como suspeito. Os laudos da perícia devem ficar prontos em até 30 dias.
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Corrobora com a suspeita do delegado o fato de a mulher não ter reagido ao fogo, morrendo deitada na cama. Isso levanta a suspeita de que ela não estaria mais viva quando as labaredas subiram. “Ela poderia ter escapado da situação se fosse um acidente domestico, mas a cena do crime nos mostra que ela pode ter sido sim vitima de homicídio”, ressaltou o delegado.
A moradia em que Eloisa estava era feita de forma provisória, em duas peças, nos fundos de outra casa que estava em construção. No momento do incêndio, o marido dela já teria saído para trabalhar e duas crianças - que são filhas do casal - estavam na casa de parentes, em Guarantã do Norte (732 km ao Norte da capital).
Após o corpo ser necropsiado, será transladado para ser enterrado em Guarantã do Norte, onde residem os familiares.
