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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Empresário tido como maior golpista do país em ramo de vendas de passagens é preso pela Policia de MT

Foto: Jardel P. Arruda/Olhar Direto

Maxmiliano Santana Saavedra Valdez

Maxmiliano Santana Saavedra Valdez

O empresário de lojas de calçados Maximiliano Santana Saavedra Valdez, 28 foi preso em um aeroporto em Florianópolis, quando retornava de uma viagem para Bariloche, Argentina, pela Polícia Civil de Mato Grosso, sob a acusação de ser o maior golpista do ramo de vendas de passagens do país. Em um único golpe aplicado em Cuiabá ele teria causado um prejuízo de R$ 230 mil em uma agência de turismo. Entretanto, a atuação dele se estenderia por todo o Brasil.


Dono de um esquema quase imperceptível, Maximiliano invadia o sistema de várias empresas de turismo e emitia passagens para vendê-las por um preço até 50% mais barato a terceiros, como se fossem legais. Ele divulgava seu negócio no “boca a boca”, e dizia aos clientes que comprava as passagens com pontos de milhagem.

Para invadir os sistemas ele conseguia, de forma ainda desconhecida pela polícia, o contrato social das empresas e ligava para o provedor do sistema para pedir a senha como se fosse o dono da agência de turismo. Ele conseguia responder toda checagem de dados porque possuía em mãos todos os dados do contato social, e dessa forma ele ganhava acesso completo ao software da empresa.

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Uma vez dentro do sistema ele aplicava um comando para receber uma cópia oculta de todos os e-mails enviados pela empresa, ganhando assim acesso as futuras trocas de senhas. Com isso ele tinha a disposição um banco de passagens para emitir tão logo alguém pedisse a ele.

Maximiliano começou a ser investigado pela polícia de Mato Grosso em janeiro, após ter invadido o sistema da agência de turismo de Confiança, em Cuiabá, um das cinco maiores do Brasil. Durante quatro dias ele teve acesso total a emissão de bilhetes e causou o prejuízo de R$ 230 mil

De acordo com o delegado Carlos Américo Marchi, que conduz as investigações contra Maximiliano, a polícia seguiu os rastros do crime através de quebras de sigilo telemático (dados enviados e recebidos por um computador). Vários endereços de Protocolo de Internet (IP), que serve como identificação única dos computadores na rede, era de cidades dos Estados Unidos, mas a polícia conseguiu chegar a várias maquinas de Florianópolis (SC) e de Niterói (RJ).

Com a quebra do sigilo telemático foi possível chegar ao nome de Maximiliano através do cadastro dos computadores e a partir daí começou a caçada a ele. “Foi muito difícil. Ele é muito inteligente. Nunca dizia informações dele mesmo. Não tem nada no nome dele. Foi muito difícil descobrir onde ele morava”, disse o delegado.

Durante a investigação foi descoberto que Maximiliano é irmão mais novo de um rapaz que está preso por estelionato, o qual tinha envolvimento com grandes fraudadores de cartões de crédito. “Então percebemos que ele pode ter assumido o lugar do irmão”, ponderou Américo.

Maximiliano deve ser indiciado por Furto Mediante Fraude, e poderá pegar de 2 a 8 anos de prisão. Por enquanto ele segue preso preventivamente.
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